Airbus cogita A220 mais apertado e também versão esticada
Variante de maior capacidade do jato de fuselagem estreita tem sido estudada há tempos, mas esbarra em desempenho pior e custo elevado

Nos últimos salões de Le Bourget, em Paris, a Airbus tem sido confrontada com a ideia de um jato A220 de maior capacidade. A aeronave, desenvolvida originalmente pela Bombardier, foi lançada em duas versões, o A220-100 (CS 100) e o A220-300 (CS 300).
Enquanto o primeiro pode levar de 120 a 135 passageiros, o segundo em tese é capaz de receber de 135 a 160 assentos, mas não há nenhum operador com essa configuração máxima porque ela esbarra em limites de evacuação em emergência.
Para satisfazer o anseio de alguns clientes, a fabricante tem avaliado um A220 esticado, chamado informalmente de ‘A220-500’.
A Airbus também chegou a considerar um A221, uma aeronave derivada do A220 com novas asas e motores, porém, o custo do projeto e um possível longo prazo para certificá-lo parecem ter colocado a ideia de molho.

Agora, a empresa sediada em Toulouse trabalha com duas propostas, segundo reportagens recentes.
A primeira e mais simples seria certificar o A220-300 para uma configuração de alta densidade. Para isso, no entanto, será preciso disponibilizar mais duas saídas de emergência sobre as asas a fim de atender aos requerimentos regulatórios.
Com isso, espera-se que a EASA, agência europeia de aviação civil, eleve a capacidade máxima da aeronave de 149 para 160 assentos, o que pode atrair pedidos de companhias aéreas de baixo custo.
A220-500 com menor alcance
A outra frente cogitada é lançar um A220-500 mais simples, apenas esticando a fuselagem, mas mantendo o atual motor GTF e as mesmas asas da família.
O resultado seria um jato mais pesado e com menor alcance, um dos seus principais atributos.

Essa configuração parece ir na contramão do que precisam as companhias aéreas dos EUA como JetBlue e Breeze Airways, mas atenderia empresas que operam rotas de menor alcance e que buscam uma aeronave mais eficiente.
Entre as potenciais regiões para o ‘A220-500’ estaria a Europa, onde o A220 conseguiu pedidos de empresas aéreas como Air France, Lufthansa, airBaltic, ITA Airways e a LOT Polish Airlines.
A versão simplificada também teria a vantagem de uma certificação mais rápida.
Embora o Paris Air Show seja palco de bons pedidos para o jato de origem canadense, o programa A220 segue dando prejuízo e com uma carteira de pedidos modesta diante das ambições da Airbus.