Airbus e Boeing entregaram juntas 123 jatos comerciais em junho, melhor mês do ano
Fabricante europeia ficou ligeiramente à frente, com 63 jatos contra 60 da rival dos EUA. Na primeira metade do ano, Airbus teve 306 entregas contra 280 da Boeing

A Airbus e a Boeing tiveram um mês de junho positivo em entregas de jatos comerciais, com 123 aeronaves enviadas ao clientes na soma das duas empresas – e um alívio em meio às dificuldades com a cadeia de suprimentos.
A fabricante dos EUA entregou 60 aeronaves, seu melhor resultado desde dezembro de 2023. Destes, 42 foram do 737 MAX, seu modelo mais popular.
A companhia também entregou nove 787 (seis 787-9 e três 787-10), quatro cargueiros 777F e cinco 767, sendo três 767F e dois KC-46A (avião-tanque).
Na primeira metade do ano, a Boeing entregou 280 aeronaves, 74% delas do 737 MAX. Houve ainda 29 entregas de 787-9, 20 do 777F, sete do 787-10 e outros sete 767F, além de dez aviões militares – sete KC-46 e três P-8A Poseidon.
O total representa 80% das entregas da empresa em todo ano de 2024, o que faz prever que o resultado de 2025 será bastante animador.

Airbus está abaixo do patamar de 2024
A fabricante de aeronaves sediada em Toulouse também teve um bom mês de junho, com 63 entregas, um pouco abaixo de março, quando havia entregado 71 jatos comerciais.
Mas houve recuperação em quase todas as famílias, incluindo o A320neo, que ainda segue 27% abaixo dos níveis de 2024.
A Airbus, no entanto, entregou menos aviões no primeiro semestre. Foram 306 aeronaves contra 323 no ano passado.
Em junho, ela entregou 12 A220-300, maior marca do tipo, 20 A320neo, 23 A321neo, um A330-200, dois A330-900 e cinco A350-900.
O plano da Airbus é de entregar 880 aeronaves até dezembro, o que a obrigará a despachar 574 jatos nos próximos seis meses.
A Boeing, por sua vez, não estabeleceu uma meta, mas se seguir nesse ritmo deve superar 2023, quando entregou 528 jatos e assim estabelecer sua melhor marca no pós-pandemia e após o aterramento do 737 MAX.