Airbus espera primeiro semestre fraco, mas reafirma meta de entregar 820 aeronaves em 2025
CEO da fabricante reconheceu que problemas com fornecedores deve se estender mais alguns meses. Empresa ainda não considerou possível impacto das tarifas dos EUA

Com seis aeronaves a menos entregues no 1ºtrimestre em relação a 2024, a Airbus reconheceu que a crise na cadeia de suprimentos segue afetando seu desempenho na aviação comercial.
Segundo a empresa, a situação persistirá por mais alguns meses, mas deve se normalizar no segundo semestre, o que a fez reafirmar a meta de 820 aeronaves comerciais a serem entregues em 2025.
Em coletiva de resultados, Guillaume Faury, CEO da Airbus, revelou que 17 aviões da família A320neo ficaram estacionados no primeiro trimestre por falta de motores Leap-1, fornecidos pela CFM.
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Como já divulgado, a fabricante entregou 136 aeronaves até março contra 142 no primeiro trimestre do ano passado.
A previsão, no entanto, não considera os potenciais efeitos das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
Programas A220 e A350 afetados
Além da meta de entregas em 2025, a Airbus manteve o plano de elevar a produção mensal da família A320neo para 75 aeronaves em 2027.
A fila de pedidos até março era de 7.256 aeronaves, 73% delas da variante A321neo.

A Airbus também disse que os problemas com fornecedores tem afetado em especial os programas A220 e A350, que dependem da Spirit Aerosystems, empresa que está sendo reassumida pela Boeing.
Nos últimos dias, a Airbus anunciou um acordo para encampar várias linhas de montagem da empresa dos EUA e que fornecem aerostruturas para seus aviões.
A despeito disso, as metas de produzir 14 A220 por mês em 2026 e 12 A350 mensais em 2028 permanecem inalteradas.