Aviação comercial teve o terceiro ano mais seguro da história em 2018

Foram registrados 15 acidentes fatais no período com aviões comerciais, resultado em 556 mortes
A Lion Air é a dona do 737 MAX que será usado pela Malindo Air (Boeing)
O pior acidente de 2018 aconteceu com um 737 MAX da Lion Air, em outubro (Boeing)

A aviação comercial registrou em 2018 seu terceiro ano mais seguro da história, de acordo com o Aviation Safety Network (ASN), organização independente baseada na Holanda que compila todos os acidentes aeronáuticos do mundo. Ao todo, foram registrados 15 acidentes no período com aviões comerciais que resultaram em 556 mortes, número que por sua vez representa o nono ano mais seguro em termos de fatalidades.

De todos os acidentes registrados pela ASN no ano passado, 12 deles envolveram voos de passageiros e outros três de carga. Além disso, três dos 15 aviões acidentados em 2018 e que isolados causaram 75 mortes eram operados por companhias aéreas banidas pela União Europeia: Iran Aseman Airlines, do Irã, Makalu Air, do Nepal, e a Gomair, da República Democratica do Congo.

O CEO da Aviation Safety Network, Harro Ranter, afirmou que o nível de segurança aumentou significativamente na aviação comercial: “Se a taxa de acidentes tivesse permanecido igual a dez anos atrás, haveria 39 acidentes fatais no ano passado. Na taxa de acidentes do ano 2000, haveria até 64 acidentes fatais. Isso mostra o enorme progresso em termos de segurança nas últimas duas décadas.”

O resultado de 2018, porém, ficou acima da média dos últimos cinco anos registrada pela ASN, que é de 14 acidentes e 480 mortes. O ano mais seguro na história da aviação comercial foi 2017, com 10 acidentes e 44 vidas perdidas.

Segundo a organização, em 2018 aconteceu um acidente fatal a cada 2.520.000 voos – no ano passado foram registrados cerca de 37.800.000 voos comerciais.

(ASN)
Três dos 15 acidentes de 2018 aconteceram com aeronaves operadas por empresas banidas pela UE (ASN)

O acidente mais grave na aviação comercial em 2018 foi a queda do Boeing 737 MAX 8 da companhia Lion Air, da Indonésia, em 29 de outubro, que deixou 189 mortos. A ocorrência, ainda sob investigação, chamou atenção por ter acontecido com uma aeronave nova, com poucos meses de uso.

As estatísticas reunidas pela ASN baseiam-se nos acidentes fatais em todo o mundo envolvendo aeronaves civis cujo modelo básico foi certificado para transportar 14 ou mais passageiros.

Consequentemente, o acidente de 11 de abril envolvendo um avião de transporte Ilyushin IL-76 da força aérea da Argélia que matou 257 ocupantes, o mais grave acidente da aviação em 2018, não está incluído no balanço. Ao considerar os acidentes com aeronaves militares, o número total de mortes no ano passado foi 917 pessoas em 25 acidentes.

O acidente aéreo mais grave registrado no Brasil em 2018, com quatro mortes, foi a queda de um jato executivo Cessna Citation M2 em Jequitaí (MG), em 26 de novembro.

Nota do editor: segundo as estatísticas da ASN, que reúne dados sobre acidentes registrados desde 1905, o pior ano da história da aviação comercial foi em 1972, quando foram registrados 77 acidentes e 2.525 mortes.

Veja mais: Latam deixará de voar para os EUA a partir do Rio de Janeiro

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