Avião gigante ‘ROC’ deve voltar a voar em breve, diz Stratolaunch
Aeronave de duas fuselagens, dona da maior envergadura de asas da história, está sendo preparada para realizar segundo voo


No dia 14 de outubro serão completados 18 meses desde o voo inaugural do ‘ROC’, apelido dado ao massivo avião de duas fuselagens construído pela empresa Stratolaunch.
Dona da maior envergadura de asa da história, a aeronave decolou pela primeira vez no dia 14 de abril de 2019 e logo em seguida foi guardada no hangar da empresa no Aeroporto de Mojave.
Apesar do momento marcante, a Stratolaunch vivia uma fase delicada após a morte de seu fundador, Paul G. Allen, em outubro de 2018. O voo acabou sendo um último esforço para homenagear o empreendedor e co-fundador da Microsoft.
Missão diferente
Endividada, a empresa demitiu boa parte de seus funcionários enquanto buscava um novo investidor. Um ano atrás, a Vulcan, empresa de Allen, anunciou que a Stratolaunch havia sido adquirida, mas sem revelar quem era o comprador.
Desde então, a empresa voltou a contratar funcionários e preparar a volta do ‘ROC’ ao céu. No entanto, a missão do avião de seis motores mudou: em vez de lançar foguetes ao espaço, agora ele será uma plataforma para desenvolvimento de tecnologia de voo hipersônica.
Em 24 de setembro, a Stratolaunch divulgou imagens do projeto Talon-A, cujo conceito passava por testes aerodinâmicos de alta velocidade.

Envergadura de 117 metros
Enquanto isso, o ROC “ganhou vida” novamente graças a testes para prepará-lo para sua segunda decolagem. A Stratolaunch pretendia fazer o gigante voltar a voar em setembro, mas o cronograma atrasou. No entanto, acredita-se que o segundo voo da aeronave ocorrerá nas próximas semanas.
Pensado como um lançador aéreo, o ROC era parte de um programa ambicioso de Allen que incluía foguetes e naves espaciais capazes de oferecer vários serviços tanto para governos como empresas na exploração espacial.

A Stratolaunch contratou a Scaled Composites para desenhar uma aeronave que pudesse transportar pesados veículos entre suas duas fuselagens. A solução foi instalar seis turbofans PW4056, usados pelo Boeing 747-400, e desenvolver asas com 117,3 metros de envergadura.
Felizmente, o segundo voo do ROC marcará o renascimento de um programa que esteve perto do fim.
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