Azul e credores avaliam opções para recuperação financeira, incluindo o Capítulo 11, diz site
Companhia aérea enfrenta dificuldades de captação e analisa alternativas para reestruturação de dívidas

A Azul Linhas Aéreas está no centro das atenções do setor aéreo brasileiro e internacional após relatos de que a empresa e seus credores vêm explorando possíveis caminhos para reestruturar suas finanças — entre eles, a opção de recorrer ao Chapter 11 (Capítulo 11), mecanismo de recuperação judicial previsto na legislação dos Estados Unidos.
Segundo informações divulgadas pela agência Bloomberg, grupos de credores internacionais da Azul estariam avaliando a possibilidade de uma reestruturação por meio da corte de falências norte-americana.
Embora ainda não haja uma decisão oficial, o movimento acende um alerta no mercado, especialmente após a empresa ter captado apenas R$ 1,6 bilhão em sua mais recente oferta de ações — bem abaixo dos R$ 4 bilhões esperados.
Apesar das especulações, a Azul nega que esteja discutindo formalmente a entrada no Chapter 11. Em entrevista recente, o CEO John Rodgerson afirmou que o foco da empresa continua sendo sua atual reestruturação financeira no Brasil, com apoio de credores e investidores institucionais. Parte da estratégia da companhia inclui a conversão de dívidas em ações, visando aliviar o peso do endividamento sem comprometer sua operação.

A Azul já vinha promovendo ajustes desde 2023, quando conseguiu acordos com arrendadores para renegociar contratos de leasing e adiar pagamentos. No entanto, com a queda do real frente ao dólar e o aumento dos custos operacionais, a situação voltou a se agravar.
A análise de um possível pedido de Chapter 11 remete ao que foi feito por LATAM e GOL durante a pandemia da Covid-19. Ambas utilizaram o instrumento norte-americano como forma de preservar suas operações e renegociar dívidas com mais flexibilidade, especialmente com credores internacionais.
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Enquanto isso, a Azul também aguarda a liberação de um pacote de ajuda do governo federal ao setor aéreo, que poderia incluir garantias para novos financiamentos. A empresa segue operando normalmente, com foco na malha doméstica e em rotas estratégicas da América do Sul, Estados Unidos e Europa.