Boeing entregou 480 jatos comerciais em 2022, alta de 41%

A Boeing terminou 2022 com 480 jatos comerciais entregues, uma alta de 41% em relação a 2021, quando havia entregado 340 aeronaves.

O bom resultado foi obtido sobetudo graças ao 4º trimestre, quando a fabricante de aviões conseguiu entregar 152 jatos, 22 deles do 787 Dreamliner, cuja produção passava por ajustes exigidos pela FAA, a agência de aviação civil dos EUA.

O 737 foi, como esperado, o avião comercial mais entregue no ano passado, com 387 unidades, um crescimento de 47% se comparado a 2021.

Entre os widebodies, o 767 teve 33 aeronaves entregues, o 777, 24, e o 787, 31 aviões. Houve ainda cinco 747 enviados aos clientes, dois a menos que em 2021 – o maior avião comercial da Boeing está prestes a encerrar sua produção com a entrega da última aeronave fabricada.

“Trabalhamos muito em 2022 para estabilizar a produção do 737, retomar as entregas do 787, lançar o 777-8 Freighter e, o mais importante, cumprir nossos compromissos com os clientes”, disse o presidente e CEO da Boeing Commercial Airplanes, Stan Deal.

“À medida que a indústria aérea expande sua recuperação, estamos vendo uma forte demanda em toda a nossa família de produtos, particularmente o altamente eficiente 737 MAX e o 787 Dreamliner. Manteremos o foco em impulsionar a estabilidade em nossas operações e na cadeia de suprimentos enquanto trabalhamos para entregar para nossos clientes em 2023 e além,” concluiu o executivo.

Boas perspectivas em 2023

O resultado desde 2022 é o melhor desde 2018, quando a Boeing entregou 806 aeronaves comerciais. Naquela época, o 737 MAX ainda estava autorizado a voar, a despeito de um acidente fatal em outubro com um jato da Ethiopian Airlines.

No ano seguinte, após mais uma queda na Indonésia em março, toda a frota do jato de corredor único foi aterrada, fazendo com a que empresa estocasse dezenas de aviões prontos. Por conta disso, apenas 380 aeronaves foram entregues de todos os seus modelos em 2019.

Em 2020, o fundo do poço para a Boeing, em meio à pandemia do Covid-19 e os problemas na produção do 737 e do 787. Resultado: apenas 157 aeronaves entregues.

Já neste ano, a situação pode melhorar, com a normalização da linha de montagem do 737 MAX e as entregas de dezenas de Dreamliner prontos. Se conseguir certificar a versão 737 MAX 7, certamente a Boeing terá um ano mais ocupado.