Aeroporto de Congonhas deverá ganhar expansão dos terminais com concessão à AENA

Terminal paulistano já foi alvo de vários estudos de melhorias encomendados pela Infraero, que está passando gestão para grupo espanhol
Aeroporto de Congonhas em 2018 (Thiago Vinholes)

Aeroporto mais congestionado do Brasil, Congonhas deverá ser assumido pela empresa espanhola AENA a partir de setembro, quando se encerra a fase de transição e passa a vigorar a concessão vencida no ano passado, junto de outros dez terminais menores hoje geridos pela Infraero.

Entre as metas estabelecidas está a ampliação e modernização do aeroporto paulistano, localizado na Zona Sul da capital e que funciona desde 1936.

Preferido pela maior parte dos passageiros por conta da proximidade com regiões corporativas, Congonhas sofre com a falta de espaço, seja na área de embarque, saguões e pátio para aeronaves.

Siga o AIRWAY nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter

Após perder a primazia de principal aeroporto em São Paulo para Guarulhos em 1985, Congonhas ficou às moscas, mantendo apenas a ponte aérea Rio-São Paulo e voos regionais até 1990, quando a finada companhia aérea TAM passou a voar com jatos Fokker 100 para várias cidades do interior do país.

Plano diretor elaborado pela Infraero sugere uma pista central nova e terminais nas laterais

De lá para cá, o movimento cresceu e hoje o aeroporto é o segundo mais movimentado do país, a despeito de não oferecer voos internacionais. Nesse meio tempo, as obras de modernização ficaram restritas a um edifício-garagem e um píer de embarque e desembarque com 12 pontes apenas, além de outras melhorias pontuais como uma nova torre de controle.

Com a AENA, Congonhas deverá passar pela maior reforma de sua história, mas como ficará o aeroporto ainda é um mistério.

Durante muito tempo, a Infraero encomendou algus estudos de modernização e ampliação dos terminais, incluindo um projeto desenvolvido pelo escritório de arquitetura ARE, que chegou a divulgar imagens em seu site. Horas depois da publicação deste artigo, a empresa sediada em São Paulo solicitou a AIRWAY que retirasse as imagens do ar.

Capacidade para 30 milhões de passageiros por ano

O resultado do projeto parecia bastante promissor e mostrava alguns caminhos para tornar a vida do passageiro mais confortável. Na concepção do escritório, Congonhas ganharia um novo moderno processador onde ficam hoje os hangares da Gol – apenas um deles seria preservado.

Conectado ao atual píer, o novo terminal ofereceria ao menos dez novas posições de embarque com pontes, além de mais áreas remotas. Não é só: o projeto prevê ainda um terminal remoto com mais 12 pontes de embarque, ou seja, uma capacidade muito superior à atual.

O estudo preserva as atuais e históricas edificações, mas não está claro se elas manteriam sua capacidade operacional ou seriam transformadas em áreas comerciais, por exemplo. A planta geral do projeto sugere que não já que as pontes foram suprimidas na ilustração.

Para tirar o projeto do papel seria preciso eliminar parte das antigas áreas de manutenção da VASP e da LATAM, além da Gol, onde ficará o principal edifício. O estudo também mostrava o que parece ser um novo edifício-garagem logo no acesso da Praça Comandante Linneu Gomes.

Área de hangares de Congonhas é favorita a contar com um novo terminal de passageiros (Thiago Vinholes)

As projeções internas revelavam um ambiente bastante acolhedor e com iluminação natural, mas com um pé direito mais baixo nas salas de embarque. O acabamento trazia boa impressão, com o uso de estruturas metálicas, concreto e madeira, aparentemente. Não havia, contudo, ilustração das áreas de check-in, embarque e desembarque.

O plano proposto seria de ampliar a capacidade de Congonhas para 30 milhões de passageiros por ano, ou 12 milhões a mais do que em 2022.

Até onde se sabe, a AENA terá liberdade de encomendar seu próprio projeto, desde que atenda aos requerimentos da concessão.

Nota do editor: AIRWAY pede desculpas aos leitores por retirar as imagens que mostravam o potencial que melhorias poderiam trazer ao aeroporto. Embora tenhamos deixado claro que se tratava de um estudo da Infraero, respeitamos a decisão do escritório de não divulgá-las, a despeito de terem ficado acessíveis em seu próprio site até esta segunda-feira (10).

Total
0
Shares
2 comments
  1. ENTÃO AO QUE TUDO INDICA SERÁ USADA A AREA TOTAL QUE OUTRORA FOI DA VASP,NA DIVISA COM A RUA DOS TAMOIOS, POR SINAL UMA AREA EXTENSA ,COMO APROVEITAR A AREA DE ESCRITORIOS DA VASP , COMO AO LADO A AREA DA INFRAERO E TAMBEM UNINDO NO PROJETO A AREA DA GOL TANTO ADMINISTRATIVA E MANUTENÇÃO. VAMOS TORCER PARA QUE SEJA FEITO O MELHOR . GOOD LOOK

  2. sugiro nova entrada do aeroporto pela Av.Pedro.yem uma área imensa da prefeitura que é ocupada por uma favela.

Comments are closed.

Previous Post

Widebody Airbus A350 passa de mil aeronaves encomendadas

Next Post

Boeing 787 da American Airlines perde uma porta em incidente no aeroporto de Dublin

Related Posts
Total
0
Share