Embraer vê faturamento crescer, mas reduz meta de entregas de aviões comerciais

Receitas tiveram um aumento de quase 50% no 3º trimestre, puxadas pela Aviação Executiva e Defesa & Segurança. Fabricante prevê entregar até 73 E-Jets em 2024

Jatos E-2 e C-390
Jatos E-2 e C-390

A Embraer teve um trimestre como há tempos não ocorria, com receita total de R$ 9,4 bilhões, aumento de quase 50% em relação ao mesmo período de 2023.

A despeito disso, a fabricante brasileira reviu para baixo a meta de entregas de aviões comerciais. De uma faixa de 72 a 80 jatos, a Embraer agora estima concluir 2024 com 70 a 73 entregas.

A meta da aviação executiva, no entanto, permanece inalterada, com previsão de 125 a 135 aeronaves a serem enviadas aos seus clientes.

Por falar em jatos executivos, foi essa divisão e a Embraer Defesa & Segurança que puxaram o ótimo resultado do trimestre anterior.

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Principais indicadores financeiros do 3º trimestre de 2024
Principais indicadores financeiros do 3º trimestre de 2024

A Aviação Executiva pulou de R$ 1,67 bilhão para R$ 3,1 bilhões, aumento de 86%, o melhor resultado já obtido pela unidade de negócios em sua história.

Já a divisão de Defesa & Segurança, puxada pela produção do C-390 Millennium, viu seu faturamento subir de R$ 651 milhões para R$ 1,2 bilhão (87%). A margem bruta, no entanto, caiu em meio a uma série de turboélices A-29 produzidos sem clientes e atrasos na cadeia de suprimentos.

O primeiro C-390 da Hungria (Embraer)
O primeiro C-390 da Hungria (Embraer)

Problemas na produção dos E-Jets

As receitas da Aviação Comercial, principal unidade de negócios da empresa, também cresceram, de R$ 2,1 bilhões para R$ 2,6 bilhões, mas assim como na defesa, dificuldades com fornecedores prejudicaram o resultado final.

Não surpreende, portanto, que a meta de entregas de E-Jets tenha sido revista já que até setembro a Embraer havia entregue apenas 42 aeronaves. Ela terá, portanto, que concluir o envio de ao menos 28 jatos até dezembro para atingir seu patamar mínimo.

Unidade de negócios que tem ampliado sua participação, Serviços & Suporte terminou o trimestre com receita de R$ 2,36 bilhões (alta de 32%).