Força Aérea Brasileira deverá utilizar o caça Gripen em esquadrão multifunção

Estado-Maior da Aeronáutica pretende reativar o Esquadrão Pacau, que tem como característica o emprego tático de aeronaves
Os caças F-39 Gripen hoje voam no Esquadrão Jaguar
Os caças F-39 Gripen hoje voam no Esquadrão Jaguar (FAB)

A Força Aérea Brasileira (FAB) planeja reativar o 1º/4º GAV, conhecido como Esquadrão Pacau. Uma portaria do Estado-Maior da Aeronáutica publicada na semana passada prevê que o esquadrão fique lotado na Base Aérea de Anápolis, em Goiás, onde hoje estão os novos caças Saab F-39 Gripen.

O Esquadrão deverá voltar a existir em julho e operar em paralelo ao 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), que é até aqui o único a voar com os Gripen.

A FAB construiu a Base Aérea de Anápolis para sediar a 1ª Ala de Defesa Aérea – 1ª ALADA – em 1970 e que foi responsável por operar os caças Dassault Mirage III F-103E e F-103 dois anos depois.

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Em 1979, a 1ª ALADA foi substituída pelo 1º GDA – Esquadrão Jaguar, que é responsável pela defesa aérea do país. Os Mirage III ficaram em serviço até 2005 quando a FAB trouxe 12 Mirages 2000 de segunda mão vendidos pela França.

Caças Mirage 2000 do 1º GDA (FAB)
Caças Mirage 2000 do 1º GDA (FAB)

Em 2013 os Mirage 2000 também foram aposentados, restando aos F-5M o papel de defesa aérea até a chegada dos caças Gripen.

A encomenda de 36 jatos da Saab, no entanto, é mais numerosa do que a frota de Mirages que foi disponibilizada ao Esquadrão Jaguar em toda a sua história.

Além disso, o Gripen E é um caça multifunção, capaz de desempenhar missões de interceptação e ataque ao solo com a mesma eficácia.

A FAB tem uma encomenda de 36 caças Gripen
A FAB tem uma encomenda de 36 caças Gripen, mas que deverá ser ampliada (FAB)

Esquadrão Pacau e sua longa folha de serviços

Essas características vão ao encontro da história do Esquadrão Pacau, criado em 1947 na Base Aérea de Fortaleza e que teve como primeiras aeronaves o Lockheed A-28 Hudson e North American B-25J, que permaneceram na ativa até 1956.

Naquele ano, a unidade passou a realizar treinamento de caça e para isso incorporou os os aviões Republic P-47D Thunderbolt por um breve período.

Em 1958, a FAB destinou todos os 33 os caças a jato Lockheed F-80C Shooting Star para o  1º/4º GAV, mais tarde complementados pelos AT-33, versão de dois assentos da aeronave.

Um dos Lockheed AT-33 que serviram no Esquadrão Pacau
Um dos Lockheed AT-33 que serviram no Esquadrão Pacau (FAB)

O Esquadrão Pacau passou a voar com os jatos AT-26 Xavante, fabricados sob licença pela Embraer, em 1973. Passados 25 anos, o  1º/4º GAV voltou a operar outra aeronave produzida pela empresa brasileira, o A-1 (AMX).

Em 2002, o 1º/4º GAV foi transferido para a Base Aérea de Natal até que em 2010 o Comando da Aeronáutica transferiu caças F-5M para ele e o baseou em Manaus para ser um vetor rápido de defesa aérea na Amazônia.

Após 11 anos, o Esquadrão Pacau foi desativado em 2011 quando a FAB desativou um estado de alerta na região. A Amazônia passou então a ser patrulhada pelos turboélices A-29 Super Tucano, usados sobretudo em interceptações de aeronaves do tráfico de drogaas.

 
 
 
 
 
 
 
 

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