Governo argentino inspeciona as primeiras unidades do F-16 que chegarão em dezembro

Ministro da Defesa viajou até a Dinamarca para conhecer as aeronaves

Luis Petri, ministro da Defesa da Argentina, posa ao lado de um F-16 na Dinamarca (divulgação)
Luis Petri, ministro da Defesa da Argentina, posa ao lado de um F-16 na Dinamarca (divulgação)

O ministro da Defesa da Argentina, Luis Petri, viajou até a Dinamarca para ver de perto os trabalhos de preparação das primeiras seis unidades do caça Lockheed Martin F-16, adquiridas pelo país.

Petri esteve na base logística de Aalborg e chegou a subir em uma das células de F-16, cuja entrega para a Força Aérea Argentina (FAA) ocorrerá em dezembro deste ano.

As seis primeiras aeronaves serão entregues à 6ª Brigada Aérea Tandil, que terá uma dotação máxima de 24 unidades do F-16 A/B, adquiridas da Dinamarca.

Adquiridos por US$ 300 milhões, os 24 caças F-16 terão armamento comprado dos EUA na ordem de US$ 350 milhões, envolvendo mísseis como AIM-9 Sidewinder e AIM-120 AMRAAM, entre outros.

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Um dos F-16 adquiridos pela Força Aérea Argentina (divulgação)
Um dos F-16 adquiridos pela Força Aérea Argentina (divulgação)

Nas redes sociais, Petri disse: “Este que vocês estão vendo é um dos F-16 que estarão na Argentina em dezembro. Ações concretas protegem e defendem o povo argentino. É assim que se constrói a soberania”.

Petri completou: “Hoje visitamos a base logística de Aalborg, na Dinamarca, onde estão sendo preparados os F-16 que em breve se juntarão à Força Aérea Argentina. Supervisionamos o trabalho nos seis primeiros caças, que chegarão em dezembro, e analisamos todos os aspectos logísticos da operação de transferência”.

Em Tandil, a FAA está realizando trabalhos de melhoria nas condições da pista, hangares e outras instalações, segundo o jornal La Nacion.

Petri e comitiva argentina na base aérea de Aalborg na Dinamarca (divulgação)
Petri e comitiva argentina na base aérea de Aalborg na Dinamarca (divulgação)

F-16 e as limitações orçamentárias

Com custo aproximado de US$ 25 milhões por unidade e US$ 20.000 por hora de voo, o F-16 da Argentina chegará ao país num lote de quatro monoplace e dois biplace, deslocados inicialmente para o parque aéreo da Área Militar de Río Cuarto, em Córdoba.

Após isso, as seis aeronaves iniciarão suas operações em Tandil, recobrando assim a capacidade da FAA de voar caças supersônicos, perdida há muitos anos.

Espera-se uma mudança drástica na doutrina da força com a operação do F-16, dotado de aviônica mais moderna que os meios hoje operados pela FAA, bem como pelo sistema de armas em estado da arte.

Célula de F-16 para treinamento de pilotos e técnicos durante apresentação oficial em Tandil (divulgação)
Célula de F-16 para treinamento de pilotos e técnicos durante apresentação oficial em Tandil (divulgação)

Por lá, uma parte disso já começou com uma célula de treinamento para pilotos e técnicos, que chegou em dezembro, quando a FAA promoveu um evento de apresentação oficial do F-16 ao povo argentino.

Todavia, segundo o jornal argentino, fontes militares “alertaram” que os planos para o F-16 ocorrem em meio a uma restrição de horas de voo dentro da FAA devido a limitações orçamentárias.