Governo do México compra espólio da companhia aérea Mexicana de Aviación

Empresa, que deixou de voar em 2010, será relançada sob controle da Secretaria de Defesa Nacional do país
Airbus A330-200 da Mexicana de Aviación (José Luis Celada Euba)

A Mexicana de Aviación, companhia aérea fundada em 1921 e que suspendeu operações em 2010, deve voltar a voar ainda neste ano, segundo planos do presidente do México, Andrés  Obrador.

Para isso, a Secretaria de Defesa Nacional acertou na semana passada a compra do espólio da transportadora, após acordo com os sindicatos de ex-funcionários.

Entre os ativos adquiridos estão a marca Mexicana, um centro de treinamento, dois edifícios, uma oficina e um simulador de voo. O valor total chegaria a 817 milhões de pesos, ou cerca de R$ 223 milhões.

O plano do atual governo federal mexicano é relançar a Mexicana de Aviación sob controle estatal e para isso já estaria discutindo o leasing de jatos Boeing.

Boeing 727-200 da Mexicana (RuthAS)

Voos para o Brasil

Obrador, que estaria descontente com as empresas aéreas privadas mexicanas, entre elas a Aeromexico, pretende que a nova Mexicana de Aviación assuma 11% do mercado de viagens aéreas no país.

Um ano antes de encerrar suas operações, a Mexicana possuía uma frota de 110 aeronaves e havia transportado 11 milhões de passageiros, 40% deles em rotas internacionais.

Entre os aviões operados estavam jatos da família A320, incluindo o A318, o Boeing 757 e 767, o DC-10 e dois A330-200.

A empresa aérea foi membro da Star Alliance até 2009 quando a trocou pela Oneworld. Várias tentativas de reviver a Mexicana foram feitas nos anos seguintes, mas sem sucesso.

A Mexicana, que chegou a se unir à Aeroméxico por algum tempo, operou no Brasil até fechar as portas.

Na época, as duas empresas mexicanas ligavam os dois países sem que houvesse uma contrapartida nacional. Atualmente, a LATAM voa diariamente a partir de São Paulo para a Cidade do México.

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