Greve na Boeing acaba após trabalhadores aceitarem aumento de 38% nos salários

Proposta da fabricante teve 59% de votos a favor de funcionários que produzem os jatos comerciais 737, 767 e 777. Volta ao trabalho ocorre após 53 dias de paralisação

A gigantesca fábrica da Boeing em Everett
A gigantesca fábrica da Boeing em Everett (Maurice King)

Os trabalhadores da Boeing na costa oeste dos EUA aceitaram nesta segunda-feira, 4, a proposta de aumento salarial de 38% para os próximos quatro anos e encerraram a greve iniciada em 13 de setembro.

Após seguidas rejeições, a fabricante teve o acordo aceito por 59% dos cerca de 33.000 funcionários em greve, que são responsáveis por produzir os jatos comerciais 737, 767 e 777.

Segundo o sindicato IAM, os funcionários deverão retornar aos seus empregos a partir da quarta-feira, 6.

“Por meio desta vitória e da greve que a tornou possível, os membros do IAM se posicionaram em prol do respeito e de salários justos no local de trabalho”, disse Jon Holden, presidente do Distrito 751 do IAM, que representa boa parte dos funcionários em greve.

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O novo contrato oferecido pela Boeing inclui também um bônus de US$ 12.000 e modificações nos planos de aposentadoria.

737 MAX 10 está atrasado
737 MAX 10 está atrasado (Boeing)

Retomada de produção será lenta

Apesar do acordo aprovado, levará semanas para que a Boeing retome o ritmo de produção de aeronaves comerciais, que já estava aquém da demanda antes mesmo da greve.

Em meio a vários problemas graves em suas fábricas, a companhia dos EUA passa por um grande escrutínio público. Entidades governamentais como a FAA (Administração Federal de Aviação) tem sido criteriosa na aprovação de seus projetos.

Kelly Ortberg, novo CEO da Boeing
Kelly Ortberg, novo CEO da Boeing

Há anos a Boeing tenta obter a certificação dos modelos 737 MAX 7, MAX 10 e 777X, sem sucesso.

No cargo desde agosto, o novo CEO da Boeing, Kelly Ortberg, tem agora a missão de recolocar a empresa nos eixos e buscar formas de contornar o abismo financeiro.

A boa notícia é que o mercado de viagens aéreas precisa mais do que nunca da Boeing.

 

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