Justiça dos EUA aprova plano da Gol para deixar o Capítulo 11

Empresa aérea estava em meio à restruturação financeira desde janeiro de 2024, quando deu entrada em pedido na Corte de Nova York

O PS-GOL, 50º 737 MAX 8 da Gol
O PS-GOL, 50º 737 MAX 8 da Gol

A Gol Linhas Aéreas anunciou nesta terça-feira que a Corte de Falências de Nova York aprovou seu plano de reorganização financeira sob o Capítulo 11, legislação de concordata dos EUA.

A empresa aérea brasileira agora espera deixar o processo de restruturação no início de junho. O pedido havia sido feito em janeiro de 2024, em meio ao aumento da dívida, sobretudo com arrendadores, ainda sob efeito da pandemia do Covid.

A Gol ressaltou que sua situação financeira melhorou significativamente durante o processo de renegociação das suas dívidas.

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A empresa obteve US$ 1 bilhão de financimento na modalidade DIP (debtor-in-possession) além de negociar um valor total de US$ 1,1 bilhão com arrendadores de suas aeronaves.

Acordos com sua controladora, o Grupo Abra (dono também da Avianca), e com o governo brasileiro também ajudaram a reduzir suas dívidas, além de ações para tornar-se mais eficiente e também garantir o fornecimento de novos jatos 737 MAX junto à Boeing.

Por fim, a Gol garantiu mais US$ 1,9 bilhão em financiamento de saída, que dará liquidez para que ela consiga colocar seu plano de negócios em execução.

Jatos da Gol e Azul
Jatos da Gol e Azul (Alexandro Dias)

Abra será maior acionista da Gol

Segundo a empresa aérea, os próximos passos agora são realizar uma assembléia geral com seus acionistas para aprovar o aumento de capital previsto no plano em 30 de maio.

Após a implementação do plano, o Grupo Abra se tornará o maior acionista indireto da Gol.

Anteriormente a segunda maior companhia aérea do Brasil, a Gol perdeu espaço para a Azul Linhas Aéreas, com a qual chegou a assinar um acordo que prevê uma possível fusão.

A crise financeira da hoje parceira, no entanto, coloca essa alternativa como pouco provável no momento.

 

 

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