Mesmo em testes, bombardeiros nucleares B-21 Raider terão capacidade de ataque, diz USAF
Força Aérea confirmou que jatos furtivos que estão em desenvolvimento poderão ser rapidamente adaptados para missões

A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) confirmou que ao menos dois novos bombardeiros B-21 Raider devem voar em 2026, e que esses aviões de teste podem ser utilizados em combate se necessário.
As aeronaves estão sendo construídas com configuração quase idêntica à versão final de produção, o que permite sua conversão rápida para uso operacional.
Mesmo destinadas inicialmente a testes, as aeronaves podem ter os equipamentos específicos de avaliação (como o tubo de pitot, usado para coleta de dados no nariz) removidos para atuar em missões reais.
A informação foi divulgada junto com a proposta orçamentária dos EUA para 2026, que prevê US$ 10,3 bilhões para o programa B-21, dos quais US$ 4,5 bilhões serão destinados à expansão da produção.

Tanto o Departamento da Força Aérea quanto o Congresso expressaram apoio à aceleração da fabricação do novo bombardeiro furtivo, construído pela Northrop Grumman em Palmdale, Califórnia.
Ao menos 100 bombardeiros B-21 previstos
Segundo a Força Aérea, a ampliação da produção será feita principalmente nas instalações já existentes e com o apoio de fornecedores de primeiro nível, como BAE Systems, Collins Aerospace, GKN Aerospace, Spirit AeroSystems e a Pratt & Whitney, responsável pelos motores do B-21. O objetivo é manter uma linha de montagem estável e eficiente, sem a necessidade de novas fábricas.
Ainda não há uma data oficial para ser obtida a Capacidade Operacional Inicial (IOC) do B-21, que será definida pelo Comando de Ataque Global da Força Aérea com base em critérios confidenciais.

O B-21 substituirá os atuais bombardeiros B-2 Spirit e B-1B Lancer a partir do início da década de 2030. A primeira base operacional da aeronave será a Ellsworth Air Force Base, em Dakota do Sul, onde obras de infraestrutura já estão em andamento há três anos.
Apesar da Northrop Grumman ter registrado um custo adicional de US$ 477 milhões este ano para adequar a linha de produção a um ritmo maior, a USAF segue comprometida com a entrega de pelo menos 100 aeronaves B-21, que serão a espinha dorsal da capacidade de ataque estratégico dos EUA nas próximas décadas.