A companhia aérea LOT Polish Airlines já está há alguns anos às voltas com uma difícil decisão a respeito de um pedido de até 84 jatos de até 160 assentos.
A estatal da Polônia avalia encomendar o Airbus A220 ou o Embraer E195-E2 para iniciar a modernização e expansão da frota de aviões abaixo do Boeing 737 MAX 8.
Em declaração à agência France Press, o porta-voz da LOT, Krzysztof Moczulski, afirmou que a primeira aeronave deverá ser entregue em 2028 e que a decisão sobre o vencedor é esperada para “os próximos meses”.
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À mídia polonesa, Dorota Dmuchowska, membro do conselho da transportadora, previu que a encomenda pode ser anunciada até março.

Frota dividida entre Boeing e Embraer
Dona de uma frota de 86 aeronaves, a LOT tem se apoiado em aeronaves da Boeing e Embraer nos últimos anos.
As rotas de longa distância são tarefa de 15 aviões 787 Dreamliner (oito 787-8 e sete 787-9) enquanto as rotas de média distância estão a cargo de 24 737, a maior parte da série MAX 8 (18 jatos).
O restante dos aviões é fornecido pela Embraer, incluindo três E195-E2 como os que ela avalia. Os jatos deveriam ter sido entregues para a malaia SK Airways, mas o acordo de leasing foi cancelado.
A arrendadora Azorra os repassou então a LOT no ano passado. Eles cobrem a lacuna deixada por entregas frustradas de 737 MAX 8, que agora serão recebidos após a temporada de verão de 2025 no hemisfério norte (a partir de setembro).
Um total de 13 aeronaves deverão ser adicionadas até meados do ano que vem.
Ao mesmo tempo, a LOT planeja devolver os E-Jets menores como o E175 e o pioneiro E170, do qual a empresa aérea foi a cliente lançadora em 2004.

O plano é aumentar a oferta de assentos por voo daqui em diante e dobrar a frota de aeronaves por volta de 2032, quando um novo aeroporto internacional será aberto em Varsóvia, seu hub.
Maciej Lasek, secretário de estado do Ministério da Infraestrutura, disse que a meta é ter uma frota regional moderna e silenciosa que operará no Aeroporto de Chopin, que também está sendo ampliado e possui restrições no entorno.
Avião conhecido vs. alcance maior
O antigo relacionamento com a LOT e a experiência com os três E195-E2 jogam a favor da Embraer já que em tese a transição dos antigos E-Jets para os E2 é bastante natural.
A Airbus, por outro lado, tem jogado pesado nas negociações e tem no A220 um trunfo tentador, o enorme alcance da aeronave, que ainda oferece mais capacidade e conforto.

Mas é um fabricante desconhecido para tripulantes e pessoal de terra, exigindo um grande investimento em treinamento e infraestrutura.
Contudo, os dois rivais usam o mesmo motor Pratt & Whitney GTF que, embora eficiente, tem passado por um complexo recall que mantém muitas aeronaves no solo.
Seja qual for o escolhido, será certamente um acordo para mudar o panorama do mercado de até 160 assentos.
na verdade o E2 é até mais confortável que o A220, pois não tem fileira do meio.