O governo da Argentina oficializou a apresentação do Lockheed Martin F-16B MLU Block 10 para a Força Aérea do país, que concentrará na VI Brigada Aérea de Tandil, todo um novo elemento de caça.
Apresentada como F-16BM, a aeronave mostrada no evento, que ocorreu no grupamento aéreo no qual o caça ficará baseado, é em realidade uma unidade de treinamento de pilotos e técnicos em solo.
A revelação da Casa Rosada surpreende, já que o avião apresentado no evento foi designado como “número 25″, portando o indicativo M-1210 na deriva.

Ele, portanto, não faz parte do lote de 24 unidades do F-16BM, que terá as primeiras seis aeronaves operacionais até o final de 2025.
Todavia, o governo argentino revelou que as demais 18 aeronaves serão entregues nos próximos três anos, o que significa que o lote só será completado ao final de 2028.
Trata-se de um prazo muito longo para entrega de aviões de caça usados, que faziam parte da dotação da Força Aérea Real da Dinamarca.

Montadas na Área de Material da Força Aérea Argentina (FAA) de Río Cuarto, em Córdoba, as 24 unidades operacionais do F-16 são das versões A (monoplace) e B (biplace).
Sem revelar detalhes sobre o sistema de armas, a Força Aérea Argentina exibiu o F-16BM com mísseis ar-ar AIM-120 AMRAAM nas pontas das asas, bem como mísseis ar-ar AIM-9 Sidewinder em suportes subalares.
Além disso, uma arma stand-off de ataque de precisão ao solo, posicionada ao lado do Sidewinder, sugere que a FAA terá novas capacidades contra alvos terrestres, além das já anunciadas.

O F-16 da Argentina não deverá ser empregado para realizar ataques marítimos com mísseis como o AGM-84 Harpoon ou AGM-119 Penguim, por exemplo, mas o caça pode, sim, operar tais armamentos.
Na imagem de divulgação da live, o F-16BM é mostrado com bombas guiadas a laser do tipo GBU, já confirmadas em acordo com os EUA.