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A companhia Qantas Airways, da Austrália, está determinada em lançar na próxima década os voos mais longos da aviação comercial. Antes de iniciar essa empreitada, porém, a empresa quer avaliar como os tripulantes e passageiros vão reagir ao enfrentar viagens de até 19 horas a bordo das aeronaves.
A iniciativa da companhia faz parte do projeto Sunrise, cuja meta é operar voos regulares e sem escalas a partir da costa leste da Austrália (Brisbane, Sydney e Melbourne) para Londres e Nova York.
Durante os meses de outubro, novembro e dezembro, a empresa vai operar voos de teste usando seus novos jatos Boeing 787-9 Dreamliner voando com capacidade limitada simulando as rotas de longa duração. Cada voo terá no máximo 40 pessoas, incluindo tripulação, para minimizar o peso e fornecer a faixa de combustível necessária para cobrir as enormes distâncias.
As pessoas a bordo desses voos, em sua maioria funcionários da Qantas, serão equipadas com dispositivos especiais para analisar seus comportamentos e em diferentes estágios dos voos serão submetidas a experiências específicas.
Como explica a empresa, os voos serão acompanhados por cientistas e médicos que irão monitorar padrões de sono, consumo de alimentos e bebidas, iluminação, movimento físico e entretenimento a bordo para avaliar o impacto na saúde, bem-estar e no relógio biológico dos ocupantes.
Os pilotos, por sua vez, usarão um dispositivo de eletroencefalograma que rastreia padrões de ondas cerebrais e monitora o estado de alerta. Segundo a companhia, o objetivo é estabelecer dados para auxiliar na criação das escalas de trabalho a bordo da aeronave e determinar os momentos em que os tripulantes devem parar para descansar durante os voos com mais 19 horas.
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Alan Joyce, CEO da Qantas, disse que os voos de teste darão aos especialistas a oportunidade de fazer pesquisas em tempo real que se traduzirão em benefícios para a saúde e o bem-estar.
“O voo de longo curso apresenta muitas questões de senso comum sobre o conforto e o bem-estar dos passageiros e da tripulação. Esses voos fornecerão dados valiosos para ajudar a respondê-los. Para os clientes, a chave será minimizar o jet lag e criar um ambiente no qual eles estejam ansiosos para um voo tranquilo e agradável. Para a equipe, trata-se de usar pesquisas científicas para determinar as melhores oportunidades para promover o estado de alerta quando estão em serviço e maximizar o descanso durante o tempo de inatividade nesses voos”, explicou Joyce.
As descobertas sobre os dados de bem-estar da tripulação serão compartilhadas com a agência de aviação civil da Austrália para ajudar a informar os requisitos regulatórios associados aos voos de longo curso.
“Voar sem escalas da Costa Leste da Austrália para Londres e Nova York é verdadeiramente a fronteira final na aviação, então estamos determinados a fazer tudo para fazer isso direito”, disse o CEO da companhia australiana.
A Qantas ainda não definiu qual aeronave vai escolher para cumprir as rotas do projeto Sunrise. Airbus e Boeing estão na disputa oferecendo novas versões do A350 e do 777, que ainda estão em fase de desenvolvimento e devem chegar ao mercado somente na próxima década.
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Fácil de mais passar 19 horas dentro de avião. Passei 6 anos em uma cela um pouco maior que um banheiro na California sem ter visto um hora de sol. No final foi a julgamento por 21 dias e inocentado. Querem teste fico sentado as 19 horas sentado em uma cadeira só não pode faltar livros.
Um voo de 19 horas em classe economica tal como é configurada hoje não é só uma tortura mas também um atentado à saude pois pode facilmente provocar sérios danos circulatórios. Isto será levado em consideração?