Rússia aprova produção local de peças falsificadas para equipar aviões ocidentais

A divisão de manutenção da Aeroflot é um das empresas que recebeu autorização para produzir peças falsificadas para aviões ocidentais

A Aeroflot foi fundada em 1923, na então recém-formada União Soviética (Airbus)
A divisão de manutenção da Aeroflot é um das empresas que recebeu autorização para produzir peças falsificadas para aviões ocidentais (Airbus)

Proibidas de importarem peças de reposição para aeronaves comerciais fabricadas no Ocidente, as companhias aéreas da Rússia poderão em breve reestabelecer seus estoques com itens produzidos localmente. Ou se preferir, componentes falsificados com a chancela de Moscou.

As sanções impostas pelos Estados Unidos, países da União Europeia e outros estados em resposta à invasão da Ucrânia estipulam, entre outras coisas, que peças sobressalentes para aeronaves comerciais não podem ser entregues à companhias aéreas russas.

Segundo relatos da mídia local, a autoridade de aviação civil do país, a Rosaviatsiya, autorizou recentemente cinco empresas russas a produzirem peças de reposição para aeronaves ocidentais, principalmente modelos da Airbus e Boeing – em menor número, possivelmente, para modelos ATR, Bombardier e Embraer que voam no país.

Com a aprovação da agência reguladora, fornecedores russos agora podem copiar e produzir por conta própria peças de reposição para aviões ocidentais em serviço com companhias aéreas do país. A certificação desses componentes será concedida pela Rosaviatsiya.

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A instalação dessas peças, entretanto, não é reconhecida internacionalmente e pode acarretar numa enorme desvalorização da aeronave, fora o risco operacional. Além disso, dificilmente esses componentes receberão certificações posteriores de agências reguladoras de outros países.

Modus operandi da aviação no Irã

O método de copiar e fabricar peças sobressalentes para aviões de linha aérea é usado há muitos anos no Irã, um dos países que sofrem alguns dos embargos comerciais mais restritivos do mundo. Esta é também uma das muitas razões pelas quais a aviação iraniana tem um alto índice de acidentes e o fato das aeronaves comerciais operadas por empresas do país não serem aceitas no mercado de usados.