Russos dão “jeitinho” para retomar voos comerciais a Cuba

Aviões russos farão uma “volta” já que estão proibidos de voar no espaço aéreo europeu depois da invasão à Ucrânia em fevereiro
Aérea russa Nordwind deve retomar voos para Cuba em outubro contornando o espaçoa aéreo europeu (Nordwind)

Empresas aéreas russas devem retomar os voos comerciais para Cuba mesmo com a proibição de sobrevoar o espaço aéreo europeu por causa do conflito com a Ucrânia. O “jeitinho” será uma rota mais longa, contornando o continente europeu pelo norte, como indicam voos recentes feitos pela Nordwind a Caracas, na Venezuela.

Antes da invasão à Ucrânia em fevereiro deste ano, aéreas russas como Nordwind e Aeroflot operavam um total de 17 voos semanais para Cuba, principalmente para os pontos de resorts turísticos de Varadero e Cayo Coco. Estes voos foram suspensos em fevereiro mas devem voltar em outubro, segundo informou a agência estatal russa TASS.

A retomada será feita pela Nordwind, em parceria com uma agência de turismo russa, e prevê até quatro frequências semanais para Varadero e outras três para Cayo Coco. Outras empresas aéreas russas também avaliam a retomada das rotas para Cuba, de acordo com a TASS.

Rota mais longa

Em voos recentes para Venezuela, Nordwind fez trajeto contornando a Europa (FlightRadar24)

Em voos recentes para a Venezuela, a Nordwind usou um Boeing 777-300ER saindo de Moscou. Após a decolagem, o avião seguiu em direção norte para conseguir contornar Finlândia, Suécia, e Noruega. Depois seguiu a oeste, fazendo a curva ao sul depois da Islândia. O trajeto para Cuba deve seguir o mesmo padrão.

A rota mais longa deve acrescentar mais de uma hora ao trajeto. Segundo dados de rastreamento aéreo, um voo de Moscou a Varadero levava cerca de 11 horas e 40 minutos em janeiro. Espera-se que o trajeto para contornar sanções europeias leve cerca de 13 horas.

Na semana passada, aviões cargueiros russos foram autorizados a pela União Europeia a pousar na República Tcheca para levar combustível a usinas nucleares. Eles também foram obrigados a fazer uma rota mais longa pelo Mar Báltico, já que Polônia e Estônia não permitiram a entrada dos aviões russos.

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