Saab e Embraer inauguram linha de produção do Gripen no Brasil

Fábrica será responsável por montar 15 dos 36 caças encomendados pela Força Aérea Brasileira, mas meta é atender outros potenciais pedidos na região
Primeiro caça Gripen produzido no Brasil
Primeiro caça Gripen produzido no Brasil (Thiago Vinholes)

A Saab e a Embraer inauguraram oficialmente a linha de produção do caça Gripen E nas instalações de Gavião Peixoto (SP) nesta terça-feira (9).

O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outras autoridades como o Ministro da Defesa José Múcio, o Comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, e os presidentes da Embraer Defesa & Segurança, João Bosco Costa Júnior, e da Saab, Micael Johansson.

A linha de montagem final brasileira tem como objetivo produzir 15 dos 36 caças encomendados à Saab. Para isso, as duas parceiras implantaram um prédio próprio, onde será feita a junção de diversas aeroestruturas como fuselagem dianteira e traseira, além de componentes como trem de pouso, motor e aviônicos.

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As peças são enviadas de fornecedores, mas também das fábricas da Saab de Linköping, na Suécia, e de São Bernardo do Campo, em São Paulo.

Autoridades descerram a placa de inauguração da linha de produção do Gripen (Saab)

A previsão é que os primeiros Gripen E (monoposto) montados no Brasil sejam entregues a partir de 2025. Ao contrário do inicialmente planejado, as oito unidades do Gripen F (dois assentos) serão produzidas na Suécia.

“O início das operações da linha de produção do Gripen marca o nosso compromisso com a transferência de tecnologia e de conhecimento para a indústria brasileira. Aqui, produziremos 15 das 36 aeronaves atualmente contratadas pela Força Aérea Brasileira. O objetivo também é produzir aqui quaisquer pedidos futuros de Gripen para o Brasil, bem como de outros países”, disse Micael Johansson, presidente e CEO da Saab.

“Celebramos hoje não só a inauguração da linha de produção do caça Gripen, mas o sucesso da colaboração entre a Saab e a Embraer, que se fortalece a cada dia com o objetivo comum de servir ao nosso cliente, a Força Aérea Brasileira. Desde o início a Embraer tem tido um papel relevante no programa Gripen, participando, por exemplo, do desenvolvimento da versão brasileira da aeronave biposto”, disse Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

De 36 caças encomendados, 15 serão finalizados no Brasil (Saab)

Além da linha de produção, a Embraer também usará outras instalações próprias para realizar testes de motores, pintura e calibração de combustível do caça.

Novos mercados

O discurso de políticos e dos executivos das empresas esteve alinhado no sentido de transformar a unidade brasileira em ponta de lança para a produção de mais aeronaves no futuro.

Não apenas para suprir novos pedidos de Gripen da Força Aérea Brasileira, mas atender possíveis acordos com países vizinhos.

O Gripen E FAB 4105 decola de Navegantes (Saab)

“Queremos que o Brasil se torne um centro de exportação para a América Latina e, potencialmente, para outras regiões”, afirmou Johansson.

A FAB já conta com quatro caças F-39E Gripen além de um quinto jato supersônico usado nos testes em Gavião Peixoto. Nesta mesma terça-feira, dois outros aviões que chegaram de navio ao Brasil decolaram de Navegantes com destino à Base Aérea de Anápolis (GO).

 

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