Se a Força Aérea encomendar, o KC-390 será produzido nos EUA, diz Embraer

Aeronave multimissão continua em turnê no país em ação para atrair interesse do governo Trump
Jatos KC-390 do Brasil e Portugal
Jatos KC-390 do Brasil e Portugal (FAB)

A Embraer planejou uma grande turnê do KC-390 Millennium nos Estados Unidos, que está sendo revelada gradualmente pela empresa.

Após passagens por Las Vegas e pela Kennedy Space Center, a aeronave multimissão está em Tampa, na Flórida, participando da conferência Special Operations Forces Week (SOF Week) até está quarta-feira.

Um exemplar da Força Aérea Brasileira, registro FAB2855, tem sido utilizado pela Embraer para demonstrações no solo e em voo.

“O KC-390 oferece uma proposta de valor imbatível que combina rápida capacidade de reconfiguração de missão com tecnologia avançada, assim como maior velocidade e tempo de resposta mais rápido, o que se traduz em maior eficiência operacional e baixos custos de ciclo de vida”, diz Jake Williams, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios e Vendas da Embraer Defesa & Segurança (EDS) na América do Norte.

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O KC-390 em versões com mangueira e lança rígida (Embraer)

A empresa brasileira tem aumentado os esforços para sensibilizar o governo Trump a cogitar a adoção do jato bimotor, que é um concorrente do turboélice C-130J Hercules, da Lockheed Martin.

Em seu material de divulgação, a Embraer coloca o KC-390 como uma aeronave de ampla atuação, capaz não só de transportar cargas e realizar reabastecimento aéreo, mas também servir de apoio para ações em combate, oferecendo agilidade nos deslocamentos.

O KC-390 na famosa pista do ônibus espacial e ao fundo as estruturas para lançamento de foguetes (Embraer)

Produção nos EUA prometida

Na coletiva de resultados do primeiro trimestre, o CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, revelou que o KC-390 tem ainda mais uma escala em sua turnê nos EUA, a cidade de Washington (DC), capital do país.

O executivo-chefe não adiantou qual será a programação, mas certamente a empresa aproveitará a presença de pessoas decisivas no governo para apresentar a aeronave.

O principal alvo do esforço é a Força Aérea dos EUA (USAF), que passa por uma grande mudança estratégica em sua frota de aeronaves, com o desenvolvimento de mais aviões furtivos e também drones avançados.

O CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, com o vice-ministro da Defesa da Polônia, Paweł Bejda (GP)

A Embraer, no entanto, acena com argumentos fortes para convencer a força como o fato de o avião ter 57% dos seus componentes fabricados nos EUA.

Gomes Neto garantiu ainda que se “A USAF encomendá-lo, o KC-390 será montado nos EUA”.

A Embraer, no entanto, ainda não possui um parceiro para um eventual programa dessa magnitude. A L3 Harris chegou a se unir à empresa para oferecer o avião-tanque, porém, a parceria foi desfeita.

3 comments
  1. porque fabricar nos EUA ? queria que alguém me explicace isso no meu entendimento deveria ser no Brasil gerando empregos

  2. Parte das encomendas do Gripen serão montados/produzidos aqui (exigência do governo e da FAB). Se o C-390/KC-390 vencer a concorrência indiana também terá grande parte (ou a totalidade) produzida lá (exigência do governo indiano). Está explicado ?

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