Vertical Aerospace anuncia versão híbrida do eVTOL VX4 com alcance de até 1.600 km
Aeronave de decolagem vertical terá aplicação em missões militares, transporte logístico e serviços críticos como ambulância aérea
A britânica Vertical Aerospace revelou nesta semana o desenvolvimento de uma nova versão híbrido-elétrica do seu eVTOL VX4, voltada para atender a mercados que exigem maior autonomia e capacidade de carga, como defesa, logística e serviços médicos de emergência.
A nova aeronave promete alcançar até 1.600 km de alcance – dez vezes mais do que o modelo totalmente elétrico.
O projeto já está em andamento há 18 meses no Vertical Energy Centre, centro de desenvolvimento da empresa no Reino Unido, e deverá ser testado em voo pela primeira vez no segundo trimestre de 2026. O sistema híbrido será integrado em um dos protótipos em escala real do VX4.
Além do aumento expressivo de alcance, o novo VX4 híbrido poderá transportar até 1.100 kg de carga útil, mantendo o baixo nível de ruído e assinatura térmica – características consideradas estratégicas para missões sensíveis. A aeronave também poderá ser operada de forma tripulada, remota ou autônoma, aproveitando o sistema de controle desenvolvido em parceria com a Honeywell.
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Segundo a empresa, o VX4 híbrido será capaz de atender operações onde os eVTOLs atuais não chegam, como em missões militares, transporte de cargas urgentes, patrulhamento de fronteiras e socorro médico em áreas remotas.
O CEO da Vertical Aerospace, Stuart Simpson, afirmou que “a demanda por aeronaves de longo alcance e alta carga útil está crescendo rapidamente, especialmente nos setores de defesa e logística crítica”.
A nova variante se apoia na plataforma de baterias proprietária da Vertical, projetada para oferecer desempenho e segurança alinhados às exigências da EASA e da autoridade de aviação civil do Reino Unido. Os testes em bancada já validaram a arquitetura híbrida, incluindo a integração entre o motor e os sistemas de controle de energia.
Graças ao design modular e espaçoso do VX4, a Vertical afirma que não será necessário redesenhar a aeronave para integrar o novo sistema, garantindo escalabilidade de produção e flexibilidade de missão – algo que modelos menores do setor ainda não conseguiriam oferecer.