Gol não vai mais batizar aviões com jatos d’água

Companhia diz que o ritual consumia até 5 mil litros de água; ação é um dos compromissos ambientais da Gol
O batismo de aviões da Gol agora é virtual, por meio de um aplicativo de smartphone (Gol)

A Gol Linhas Aéreas anunciou no Dia Mundial da Água, na terça-feira (22), que não vai mais realizar batismos em aeroportos, um ritual tradicional da aviação em que caminhões de bombeiros lançam jatos d’água que formam um arco por cima do avião. O ato festivo normalmente acompanha lançamentos de novas rotas, chegada de aeronaves diferentes e homenagens a tripulantes.

A companhia diz que a ação é alinhada aos seus compromissos de governança ambiental, social e corporativa (ESG), que visa diminuir os impactos das operações no meio ambiente. De fato, apesar de toda festa e a tradicionalidade dos batismos, despejar milhares de litros de água sobre um avião não parece mais algo razoável nos dias atuais.

Sem contar com os jatos d’água, a Gol agora tem o “Batismo Sustentável”, feito por meio de um filtro do Instagram, de forma virtual. O usuário aponta a câmera do celular para o avião e um jato de água virtual aparece ao redor dele. Daí é é só fazer a foto. Outra opção é apontar a câmera para um lugar plano e observar pela tela do smartphone um avião da Gol em 3D sendo batizado.

“Apesar da linda imagem gerada pelo batismo, que atrai curiosos tirando fotos do momento, são utilizados por ação cerca de 3 a 5 mil litros de água. Ainda que seja empregada água de reuso, a ação consome um recurso precioso que pode ser economizado. A Gol, que busca ser uma referência em aviação sustentável no País, decidiu abolir o uso da água em suas comemorações, inovando com uma forma virtual de celebração, com o desejo de que a água tenha destinações mais úteis”, diz Loraine Ricino, diretora de Marketing, Comunicação, Canais Digitais e Sustentabilidade da Gol.

O batismo de aviões é uma tradição que aviação tomou emprestada do universo náutico. É comum navios serem saudados com jatos d’água lançados por outras embarcações. No entanto, quando o ritual foi levado para o setor aeronáutico é incerto. A versão mais aceita é que a tradição nasceu nos anos 1990, no aeroporto de Salt Lake City, nos Estados Unidos, que banhava os aviões de pilotos que estavam se aposentando.

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4 comments
  1. Besteira, puro marketing, pois se é água de reúso, “reusada” está. Não me impressionou nada…

  2. Primeiro água não se consome, se usa. Se se consumisse água, já teria acabado no mundo. Segundo, cinco caixas d’água não é tanta água assim, ainda podendo ser de reuso. Terceiro a empresa fica muito fofa, mas o mundo está ficando muito chato

  3. Na verdade é mais corte de gastos do que ação ecológica. Esse tanto de água sendo jogada deve custar muito durante um ano, ainda tem o abastecimento do reservatório de cada aeronave, que é essencial e não pode ser cortado e a limpeza externa de cada aeronave.

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