Após um longo tempo, a United Aircraft Corporation (UAC) finalmente colocou em voo um jato comercial SJ-100 totalmente “russificado”.
Na quarta-feira, o terceiro protótipo da aeronave, de matrícula 97023, completou o primeiro voo em Komsomolsk-on-Amur, no extremo leste da Rússia.
Desenvolvido pela Yakovlev, que substituiu a Sukhoi, o novo Superjet passou por um programa de substituição de importações após sanções comerciais do Ocidente suspenderem a entrega de componentes à fabricante.
Siga o AIRWAY nas redes: WhatsApp | Telegram | Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
Até então, a UAC havia voado aeronaves de testes equipadas com os motores PD-8, substitutos do SaM146, e avaliado os sistemas e equipamentos desenvolvidos no país em situações separadas.

Em 2024, o primeiro SJ-100 com aviônicos russos decolou mas ainda com o motor SaM146, já em março um segundo protótipo atualizado voou com o turbofan PD-8 e alguns sistemas locais.
Segundo a estatal, o voo durou cerca de 40 minutos e ocorreu em altitudes de até 3.000 metros e velocidades de até 500 km/h. O SJ-100 chegou a recolher o trem de pouso durante o voo.
O objetivo do terceiro avião de testes foi testar a interação dos motores PD-8 com os cerca de 40 sistemas de bordo nacionais.
“Hoje presenciamos um evento histórico, o primeiro voo de uma aeronave Superjet totalmente russa. Estou confiante de que este será um passo importante para o fortalecimento da independência tecnológica do nosso país e contribuirá significativamente para o desenvolvimento da fabricação nacional de aeronaves ”, disse o CEO da UAC, Vadim Badekha.

Lançado na década passada para disputar o mercado de aviação regional no mundo, o Superjet nasceu como um joint venture com grupos ocidentais prometendo transportar cerca de 100 passageiros por distâncias de até 4.600 km.
A aeronave possui um desempenho bastante capaz, mas careceu de um suporte de pós-venda mais eficiente. A tomada da Crimeia pela Rússia em 2014 e a invasão militar à Ucrânia em 2022, no entanto, encerraram a produção da primeira variante em virtude do embargo ocidental.
A UAC planeja concluir os testes de certificação ainda em 2025 para iniciar as entregas às companhias aéreas russas em 2026.
o que Trump tá fazendo, e obrigar o mundo a se virar sozinho. Baita tiro no pé….daqui a pouco, chineses, russos, terão seus próprios motores…. não é a mesma coisa, mas funciona!
Literalmente, cutucaram o “,urso” com uma vara curta… Foi uma grande bobagem.
Voar ele voa, mas será que é realidade eficiente e viável comercialmente?
Qual o nível de qualidade e tecnologia dessa aeronave?
Fazer propaganda nesse momento é o que os russos estão tentando com todas as forças, mas sabemos que não é bem assim.
Parabéns mais uma vez à Rússia ! Independente, criativa e forte ! Diferente do Brasil, que quase nada pesquisa e praticamente só produz o que os outros deixam que seja produzido. Tudo no Brasil são projetos que incorporam peças e equipamentos estrangeiros. Eterna dependência .
Aproveito para perguntar: alguma empresa ou instituição do Brasil pesquisa ou projeta uma turbina aeronáutica com potencial para uso comercial em aviões ? Digo… alguma coisa com pelo menos 5 toneladas-força de empuxo ? Aliás, 1 tf já seria um primeiro passo interessante… Das empresas “privadas” não devemos esperar muita coisa, porque são submissas a interesses estrangeiros. Mas, pelo menos alguma universidade pública deveria dar esse primeiro passo, usando dinheiro público mesmo, porque do contrário estaremos sempre com uma coleira no pescoço…
Aliás, vejam o caso dos COMAC chineses, desenvolvidos com turbinas chinesas que os russo ensinaram a projetar. A China deu há poucos dias um belo chute no traseiro da Boeing ! Isso vale mais que 1 bilhão de “gritos do Ipiranga” !