Afinal qual jato executivo teve mais entregas em 2022?

Na semana passada, a General Aviation Manufacturers Association (GAMA), uma associação que reúne os fabricantes de aeronaves executivas e leves, divulgou seu relatório referente ao ano de 2022. Como a entidade prefere denominar as entregas, ocorreram 712 “remessas” de jatos executivos no ano passado, apenas dois a mais que em 2021. Ou seja, foi um ano de estagnação nesse mercado, onde atuam modelos diversos, do monojato SF-50 aos imensos Global e Gulfstream.

A receita total desse segmento foi de US$ 21,6 bilhões contra US$20,6 bilhões no ano anterior. Com uma linha de aeronaves de alto valor, a Gulfstream liderou em faturamento, seguida da Bombardier.

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E novamente não foi possível apontar o jato executivo mais entregue em 2022 já que a GAMA não mostra a lista detalhada dos aviões da Bombardier, Gulfstream e Dassault.

Por conta disso, a família de jatos de grande porte da Gulfstream aparece em 1º lugar no ranking, com 96 aeronaves entregues. A Bombardier, por sua vez, está no 3º e no 4º lugar, com as séries Global e Challenger.

Fonte: GAMA

Considerando apenas os aviões com dados singulares, o pequeno Cirrus SF-50 voltou a ser o jato executivo mais entregue do mercado, com uma um total de 90 aviões, quatro acima de 2021.

Na 5ª colocação empataram o Phenom 300E, da Embraer, e o Citation Latitude, da Cessna, com 42 aeronaves. A Embraer, inclusive, costuma alardear o fato de seu jato ser o modelo leve de maior sucesso nos últimos anos.

Novidades decepcionaram

É justamente a imprecisão dos critérios da GAMA que torna o panorama confuso. A associação separa o Phenom 300E do modelo anterior, o Phenom 300, o que torna algumas estatísticas imprecisas. As duas versões tiveram 59 unidades entregues, três a mais do que em 2021.

Portanto, dependendo do critério, o jato executivo líder em 2022 pode ter sido a “família” Gulfstream (do modelo 450 ao 750), o solitário SF-50 ou o Phenom 300, se levarmos em conta apenas a categoria de jatos leves – o Cirrus, por exemplo, seria concorrente do Phenom 100.

O que dá para afirmar com certeza é que dois aviões estreantes tiveram um ano ruim. Uma dos lançamentos mais recentes da categoria, o Pilatus PC-24 foi o 7º colocado, com cinco entregas a menos que em 2021.

O HondaJet, outro destaque dos últimos anos, teve a maior queda nas entregas, de 37 para apenas 17 aviões. O avião da conhecida montadora de veículos só não ficou atrás do Learjet 75, aeronave que não é produzida desde o ano passado.

Em relação às categorias, os jatos de médio e super-médio porte foram os que apresentaram o maior crescimento, indo de 171 para 197 aviões entregues. É onde a Embraer concorre com os modelos Praetor.

Fonte: GAMA