Air Caraïbes fica com os slots do voo da Aigle Azur entre Viracopos e Paris

Em redistribuição de horários de voos no Aeroporto de Orly, companhia aérea francesa acabou conseguindo rota que teve interesse também da Azul
A350 da Air Caraïbes: companhia pediu para voar entre Campinas e Paris no lugar da Aigle Azur (Pedro Aragão)
A350 da Air Caraïbes: companhia pediu para voar entre Campinas e Paris no lugar da Aigle Azur (Pedro Aragão)

Falida em setembro, a companhia aérea francesa Aigle Azur teve seus slots no Aeroporto de Orly, em Paris, redistribuídos nesta semana. Assim como ocorreu em Congonhas, o antigo aeroporto da capital francesa também despertou interesse de várias empresas, entre elas a Azul, que propôs voar para Viracopos cinco vezes por semana, retomando assim a ligação que a Aigle possuía até pouco tempo atrás em parceria com ela.

No entanto, a companhia Air Caraïbes, fundada em 2000 após a fusão com outras empresas das Antilhas Francesas, acabou obtendo dois slots diários da COHOR, entidade que tem a responsabilidade de cuidar da programação de voos de Orly. A companhia havia sugerido voar diariamente não só para Viracopos como também para Newark (Nova York), além de três voos semanais para Caiena e outros três para St Marteen e agora será preciso aguardar para saber os desdobramentos após a decisão. Embora seja uma programação pensada no verão no Hemisfério Norte, alguns voos poderão ser lançados ainda no início de 2020.

A Aigle Azur permaneceu como única companhia aérea estrangeira a voar para Campinas nos últimos tempos e tinha como um dos seus sócios David Neeleman, fundador da Azul.

A Air Caraïbes, por sua vez, voa de seu hub em Paris para vários destinos nas Antilhas e também para a Guiana Francesa, República Dominicaca, Cuba e Bahamas. A companhia possui uma frota de 10 widebodies Airbus entre A330 da primeira geração e o novo A350, dos quais possui três modelos -900 e um -1000, além de outras aeronaves a receber.

A Aigle Azur voou entre Paris e Viracopos até setembro, quando faliu (Rafalflash)

Nas mãos da Air France-KLM

Principal aeroporto de Paris até a década de 70, Orly despertou interesse em várias outras companhias, mas no fim apenas quatro nomes novos estrearão no terminal francês, as low-cost Wizz Air e EasyJet, a Lufthansa e o braço regional da Air France, a HOP!. Juntas, elas ficaram com sete voos diários – Munique (Lufthansa), Frankfurt (HOP!), Budapest e Sofia (Wizz Air) e Glasgow (EasyJet).

Outras cinco companhias aéreas que já operavam em Orly também foram escolhidas como a já citada Air Caraïbes (2 voos diários), Corsair (2 voos), Transavia (2), La Compagnie (3 voos semanais) e a TAP, com 66 slots apenas na temporada de verão no Hemisfério Norte. No total, a COHOR recebeu 232.688 pedidos de slots, quase a capacidade anual de Orly.

Além de pequenas companhias, a Vueling, braço low-cost do grupo IAG, e a Ryanair também mostraram interesse, mas acabaram sem nada. A maior beneficiada pela redistribuição dos slots acabou sendo o grupo Air France-KLM, que já possui metade dos voos em Orly e foi representado não só pela HOP! como também pela Transavia.

A HOP!, pertencente à Air France-KLM, ficou com parte dos slots do Orly (Curimedia)

Veja também: Air France aposenta seu primeiro Airbus A380

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