Airbus A220 com menos de seis anos vira sucata nos EUA

Aeronave que operou inicialmente na EgyptAir foi desmontada para fornecer peças de reposição para outros jatos da Delta Air Lines

Um dos 12 A220-300 que voou na EgyptAir
Um dos 12 A220-300 que voou na EgyptAir (Anna Zvereva)

A companhia aérea EgyptAir foi uma das clientes que apostaram no A220-300 (ex-CS 300) como aeronave eficiente e moderna para suas rotas regionais, adquirindo 12 jatos junto à Airbus.

As aeronaves com 140 assentos foram entregues entre 2019 e 2022, mas tiveram uma curta carreira, sendo retiradas de serviço pouco tempo depois, em meio a problemas com os motores Pratt & Whitney GTF.

A empresa egípcia, porém, preferiu não esperar por uma solução e os revendeu para a arrendadora Azorra. Quatro dos 12 A220 hoje estão com a Breeze Airways, mas parados.

Os demais seguiam armazenados, à espera de um novo destino, com exceção de um.

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O A220-300 N560AZ (ex-SU-GFA) tornou-se o primeiro do mundo a ser desmontado em um acordo entre a Azorra e a Delta Air Lines, para servir de peças de reposição para outras aeronaves da companhia aérea dos EUA.

Nos últimos dias, o A220 foi fotografado no Aeroporto Internacional Blytheville Arkansas, apenas com a estrutura da fuselagem e asas apoiadas em cavaletes.

A imagem do perfil @lmvalkyrie sugere que a Delta aproveitou ao máximo os componentes em condições de voo do jato, incluindo superfícies de controle, trem de pouso, portas, saídas de emergência e, claro, motores e toda a sorte de equipamentos internos.

A cena é chocante porque o A220 N560AZ não completou nem mesmo seis anos desde o primeiro voo, em 2019. E pela situação em que a airframe foi deixada, parece pouco provável que existam planos de recuperá-la no futuro.