Airbus A330neo cor de rosa da Azul volta a voar após quase dois meses parado

Aeronave de matrícula PR-ANV estava em manutenção desde 30 de abril. Frota da empresa teria quase 30 aviões estacionados

O A330-900 PR-ANV voltou ao serviço após quase dois meses parado
O A330-900 PR-ANV voltou ao serviço após quase dois meses parado (Jean-Michel Dromard)

Em recuperação judicial há quase um mês, a Azul Linhas Aéreas ainda lida com problemas em sua frota de aeronaves.

Com 184 aviões, a companhia aérea teria cerca de 40 deles parados por motivos diversos. Há desde exemplares afastados para serem devolvidos aos arrendadores a unidades que esperam por peças de reposição ou reparos.

Um desses jatos é o A330-900 de matrícula PR-ANV, pintado na cor rosa e com o nome de batismo “La Belle Azul”.

A aeronave foi recebida pela Azul em dezembro de 2020, mas ficou afastada do serviço desde 30 de abril, supostamente para manutenção.

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A320neo PR-YRB, que será devolvido ao arrendador (Alexandro Dias)

Na segunda-feira, 23, o jato de 298 assentos voltou a assumir um voo comercial, decolando de Campinas para Fort Lauderdale, na Flórida.

A gestão da frota da empresa aérea causa preocupação já que ela é uma das fontes de dívidas acumuladas nos últimos anos e que a levaram a dar entrada no Capítulo 11, a legislação de recuperação judicial dos EUA.

A320neo indo embora, E195-E2 novos parados

A direção da Azul evitou até onde pode a proteção judicial, mas capitulou ao perceber que não tinha mais argumentos para convencer seus credores a rolarem sua dívida.

Desde então, a empresa aérea anunciou a devolução de algumas aeronaves, mas que já estavam afastadas. Dias atrás, entretanto, a Azul concordou em retornar um Airbus A320neo, de matrícula PR-YRB, para seus donos. O jato deixou de voar em 5 de junho e estava em Viracopos desde então.

A frota de Embraer E195-E2 é outro mistério. A Azul segue recebendo novas aeronaves, porém, tem dois deles parados no Aeroporto de Bauru/Arealva.

Embraer E195-E2 da Azul

Imagens aéreas recentes mostram os jatos estacionados aparentemente sem partes dos motores. São o E195-E2 de matrícula PS-AEN, entregue pela Embraer em dezembro de 2022 e afastado de serviço em novembro do ano passado, e o PS-KSA, um jato que não teria entrado em operação após ser entregue em dezembro de 2024 e armazenado semanas depois sem pintura da empresa.

Os próximos meses serão decisivos para entender como ficará a diversificada frota da empresa aérea. Espera-se que o caminho seja da simplificação e da manutenção de aviões mais eficientes, tão necessários nesses momentos de aperto financeiro.