Oficiais da Argentina decidiram voltar a estatizar a maior fábrica aeroespacial do país sediada em Córdoba que está sob o controle da americana Lockheed Martin desde 1995. O senado argentino enviou projeto de lei para ser aprovado pela presidenta Cristina Kirchner para retirar o controle acionário da Lockheed Martin Aircraft Argentina (LMAASA).
A empresa efetua a suporte aos jatos de treinamento básico AT-63 da Força Aérea Argentina e também provêm serviços de manutenção e fabricação de peças para várias outras aeronaves de fabricação americana e chilena além de serviços para Bolívia, Colômbia e Brasil. O governo Kirchner quer nacionalizar o centro de fabricação que emprega 1.100 funcionários. Anunciando o projeto de lei, ela disse fazer parte uma estratégia reversa de “manutenção dos instrumentos de autonomia e soberania nacional”.
A decisão espelha uma recente decisão do governo vizinho, o Brasil, que revelou planos para revitalizar a dormente indústria aeroespacial doméstica.Estes planos estão embasados sob a transferência de tecnologia repassada pelo projeto de compra do caça F-X2 que deve trazer inovações e capacidade de produção industrial e descreve ganho de habilidade para projetar e fabricar em médio e longo prazo um “caça de combate de quinta geração”.