Avião de guerra ecológico: Itália testa AMX abastecido com biocombustível

Caça-bombardeiro da força aérea italiana realizou voos de teste abastecido com uma mistura contendo 25% de biocombustível
Os AMX italianos realizaram mais de 700 missões no Afeganistão (Aeronautica Militare)
Na Itália, o AMX foi apelidado de “Ghibli”(Aeronautica Militare)

A Força Aérea da Itália (Aeronautica Militare) em parceria com institutos de pesquisa italianos realizou no fim do mês passado voos de teste com um caça-bombardeiro ítalo-brasileiro AMX abastecido com uma mistura de querosene e biocombustível fabricado a partir de vegetais.

Ao todo, foram executados dois voos. No primeiro, no dia 28 de junho, a aeronave voou abastecida com uma combinação de combustível fóssil e 20% de biocombustível, quantidade que aumentou para 25% no segundo voo de teste, em 29 de junho.

De acordo com a Aeronautica Militare, os testes possibilitaram comparar os níveis e tipos de emissões das diferentes misturas de combustível, bem como analisar a performance da aeronave e do motor alimentado parcialmente com biocombustível.

“A Força Aérea empreendeu e vem apoiando a pesquisa e implementação de soluções efetivas para o desempenho das tarefas institucionais em um contexto global cada vez mais sensível às questões de sustentabilidade ambiental, eficiência e segurança energética e a chamada resiliência capacitiva”, menciona o comunicado da força aérea italiana sobre os testes com o AMX.

A despeito da iniciativa e dos testes bem-sucedidos, a força aérea italiana ainda não tem planos de introduzir completamente o uso de biocombustível no AMX ou em qualquer outro vetor da frota.

O A-1M é a versão mais recente do AMX, projeto criado em parceria com empresas italianas (FAB)
A-1 no Brasil e A-11 Ghibli na Itália: a FAB e a Aeronautica Militare são os únicos operadores do AMX (FAB)

As forças aéreas da Itália e do Brasil são os únicos operadores do AMX (que no Brasil é conhecido como A-1 e na Itália, A-11 Ghibli). A aeronave foi projetada e construída pelo consórcio entre as fabricantes italianas Aeritalia (depois Alenia Aeronautica) e Aermacchi e a Embraer.

Total
0
Shares
2 comments
  1. Podemos alimentar motores com o oleo de soja mad não podemos alimentar pessoas com combustível de aviação.
    O óleo de soja já passou de USD 1 para USD 2 a embalagem aqui no Brasil por conta da escassez do grão.
    Para o europeu-de-barriga-cheia o preço pode não fazer diferença mas para a maioria das pessoas no planeta pode fazer toda a diferença.
    Tudo em nome de uma transição energética atropelada.

Comments are closed.

Previous Post

Airbus pode bater Boeing em mais uma grande encomenda

Next Post

Subsidiária da Boeing produzirá duas novas “naves-mãe” para a Virgin Galactic

Related Posts
Total
0
Share