Azul vai devolver 11 aviões que já estão afastados da operação
Nove jatos Embraer E195 e dois Boeing 737-400F cargueiros terão o leasing rejeitado pela empresa em meio aos planos de restruturação financeira no Capítulo 11

Entre as primeiras medidas para reorganizar sua finanças dentro do processo do Capítulo 11, nos EUA, a Azul Linhas Aéreas anunciou a devolução de 11 aeronaves.
Os jatos, no entanto, são unidades que foram afastadas de serviço, algumas há um bom tempo, por falta de peças de reposição.
Segundo dados que constam nos documentos do pedido de recuperação judicial solicitado na Corte de Falências do Distrito 11, em Nova York, tratam-se de nove jatos Embraer E195 e dois Boeing 737-400F cargueiros.
Os Boeing foram retirados de serviço meses atrás, na esteira da chegada de dois Airbus A321F, mais capazes.
As aeronaves de matrícula PR-AJY e PR-AJZ estão atualmente em Tarbes, na França, aos cuidados da empresa Tarmac.

Já os E195-E1 estão distribuídos por quatro aeroportos. Há um avião (PR-AXK) na Flória com a Xtreme Aviation, dois outros jatos da Azorra em San José, na Costa Rica (PR-AUJ e PR-AUP) e mais dois no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. São o PR-AYV (da Avolon) e o PR-AUO (ICBC).
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Quatro E195 se encontram no Aeroporto de Bauru/Arealva, no interior de São Paulo. São os jatos de matrículas PR-AUB (do Bank of America), PR-AXD, PR-AXJ e PR-AUA, todos eles pertecentes à empresa Falko.
Como mostrou AIRWAY, esses aviões foram enviados para o aeroporto entre agosto e novembro do ano passado, possivelmente por falta de peças de reposição.

Renegociação em contratos de leasing
Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 30, a Azul afirmou que 35% da frota será reduzida, mas que aeronaves mais novas serão mantidas.
Apesar disso, Fabio Campos, vice-presidente institucional e corporativo da empresa aérea, reconheceu que alguns contratos de leasing serão revistos.
A frota atual da Azul é formada por 184 aviões, sem contar os turboélices monomotores Cessna Caravan, da sua subsidiária Azul Conecta.
Desses, 40 estariam sem voar, alguns em manutenção, mas outros aterrados por motivos variados. Seriam eles 15 E195-E1, 15 ATR 72, cinco E195-E2, três A330-900 e dois A320neo, segundo o Planespotters.