Boeing anuncia última venda do 747-8F para a Atlas Air

Companhia cargueira dos EUA receberá os últimos quatro jatos do modelo em 2022, concluindo sua produção
A Atlas Air receberá os últimos quatro jatos 747 fabricados (Boeing)

A Boeing concluiu um acordo de venda de quatro jatos 747-8F cargueiros para a companhia Atlas Air, anunciou a empresa nesta terça-feira (12). O pedido será o último atendido pela fabricante para o Jumbo, com entregas previstas para 2022, ano em que a linha de montagem será fechada.

A companhia americana esclareceu ao Airway que se trata de uma nova encomenda e não uma renegociação de pedidos de outras empresas. Atualmente, existem 12 unidades do 747-8 pendentes de entrega – nove para a UPS e três para a companhia cargueira Volga-Dnepr, mas que cujas unidades neste caso não constam do backlog por falta de garantias financeiras.

A Atlas Air justificou o pedido por conta do crescimento do tráfego aéreo de carga, motivado pelo isolamento social. “O 747-8F é o melhor e mais versátil cargueiro widebody do mercado e estamos entusiasmados em reforçar nossa frota com a aquisição dessas quatro aeronaves. Esta oportunidade de crescimento significativo nos permitirá capitalizar sobre a forte demanda e entregar valor para nossos clientes existentes e potenciais”, disse John W. Dietrich, presidente e CEO da Atlas Air Worldwide.

A companhia cargueira dos EUA (que também controla a Polar Air Cargo e a Southern Air) opera atualmente 53 jatos 747, a maior frota do mundo, mas apenas dez são do modelo 747-8F, com maior capacidade de carga e alcance. Segundo a Boeing, o modelo é capaz de transportar 137,8 toneladas de carga oferecendo uma economia de combustível de 16% em relação aos 747 anteriores.

Lançado em 1970, o 747 foi por muitos anos o maior avião de passageiros em operação no mundo e sinal de status para as companhias aéreas que o operaram. Conhecido no exterior como a “Rainha dos Céus”, o quadrirreator passou a perder apelo entre seus operadores com a introdução de widebodies bimotores mais eficientes e menores, que permitiram o estabelecimento de rotas diretas entre cidades medianas e também a oferta de mais horários em destinos bastante procurados.

Por conta disso, existem poucas companhias que mantêm o Jumbo em voos de passageiros, mas a aeronave encontrou uma forte demanda cargueira, que manteve a linha de montagem aberta nos últimos anos. Ainda assim, a Boeing optou por manter apenas o 777F, mais econômico do 747-8F e bastante capaz, em sua linha de aeronaves dedicadas a carga.

Segundo a empresa, foram produzidos 1.560 unidades desde seu lançamento, há mais de 50 anos.

O Jumbo é produzido desde 1970, com 1.560 unidades já entregues (Boeing)

Veja também: China Airlines é mais uma companhia a aposentar o Boeing 747

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