A Boeing já retomou a produção do 737 MAX, seu avião mais popular, desde sexta-feira, 7, revelaram fontes à Reuters.
O reinício dos trabalhos na linha de montagem de Renton, em Washington, ocorre cerca de um mês após o fim da greve de 33.000 trabalhadores do sindicato IAM.
Na semana passada, o administrador da FAA, Mike Whitaker, afirmou a repórteres que previa que a fabricante só retomasse a produção do 737 no final do mês.
Até o outubro, a Boeing tinha 4.191 pedidos de 737 pendentes de entrega e tinha entregue este ano apenas 234 aeronaves. Portanto, a retomada dos trabalhos em Renton é crucial para não atrasar ainda mais seu cronograma.
Antes de voltar aos trabalhos, a empresa focou em providenciar novos treinamentos aos funcionários.
Também implantou um novo sistema de acompanhamento de peças para evitar problemas como o que ocorreu com um 737 MAX 9 da Alaska Airlines, que perdeu um tampão de porta em voo em janeiro.
A aeronave foi enviada pela Spirit Aerosystems em setembro para Renton, porém, vários problemas de finalização da estrutura obrigaram a retrabalhos.
Um deles envolvia justamente a área onde fica o tampão de porta, que foi retirado, mas quando recolocado, ficou sem quatro ferrolhos que o mantinham preso à fuselagem.
A despeito da retomada, a Boeing lida com várias restrições para ampliar a produção, hoje limitada a 38 aeronaves 737 MAX por mês. Analistas, no entanto, não acreditam que a empresa conseguirá chegar a esse patamar tão cedo em 2025.