![O 737 MAX 8 tem capacidade para transportar até 175 passageiros (Boeing)](https://www.airway.com.br/wp-content/uploads/2016/01/K66500-02-960x640.jpg)
A Boeing anunciou nessa quinta-feira (14) a suspensão nas entregas do Boeing 737 na versão MAX, igual aos dois modelos que caíram na Indonésia e na Etiópia, em outubro de 2018 e nesse último domingo (10), respectivamente. A fabricante, no entanto, confirmou que continuará produzindo a aeronave com o mesmo ritmo em sua planta em Renton, nos Estados Unidos, onde são concluídos 52 aviões por mês.
“Suspendemos as entregas do 737 MAX até encontrarmos uma solução”, disse um porta-voz da Boeing, acrescentando que a fabricante mantém a produção do modelo.
O porta-voz da Boeing também descartou a possibilidade de reduzir o ritmo de produção ou fechar temporariamente a linha de montagem do 737 MAX. “Estamos avaliando nossas capacidades e vamos ver onde é que os aviões que saem da linha de montagem serão armazenados.”
Após o segundo acidente com o 737 MAX 8, desta vez um modelo da companhia Ethiopian Airlines, autoridades de aviação no mundo ordenaram o aterramento do novo jato da Boeing (o 737 MAX 9 também foi estacionado). Antes disso, companhias aéreas do mundo todo que voam com a aeronave já haviam parados suas frotas por precaução. A Gol, que opera sete modelos 737 MAX 8 no Brasil, foi uma dessas empresas.
Em outubro do ano passado, um Boeing 737 MAX 8, da companhia Lion Air, caiu no Mar de Java, na Indonésia, 12 minutos após a descolagem, matando todos os 189 ocupantes a bordo. Uma das caixas pretas recuperadas no acidente indicou que o motivo da queda pode ter sido uma falha no sistema de controle automático da aeronave.
![A promoção "VAIEVOTA" é válida para todos os voos operados pela Gol (Divulgação)](https://www.airway.com.br/wp-content/uploads/2018/09/737max_gol-960x640.jpg)
As duas caixas pretas do avião da Ethiopian Airlines, que também caiu poucos minutos após alçar voo em Adis Abeba, na Etiópia, também foram recuperadas e serão analisadas na França. Autoridades da Etiópia se recusaram a enviar os equipamentos para os EUA, por serem uma parte interessada na investigação.
A análise dos gravadores (um de dados de voo e outro de vozes na cabine de comando do avião) ficará a cargo da autoridade de aviação civil francesa, o BEA (Bureau d’Enquêtes et d’Analyses pour la sécurité de l’aviation civile).
Desde 2017, a Boeing entregou 371 unidades do 737 MAX (dos modelos MAX 8 e MAX 9). A lista de pedidos pela nova série MAX ainda contempla mais 4.740 aeronaves.
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