Boeing vai testar sistema que detecta turbulências inesperadas

Sistema vai usar laser para encontrar a distância regiões de turbulência em céu claro
Apesar da dramaticidade, turbulência raramente causam acidentes (Sergei Kustov)
Apesar da dramaticidade, turbulência raramente causam acidentes (Sergei Kustov)
Apesar da dramaticidade, turbulência raramente causam acidentes (Sergei Kustov)
Apesar da dramaticidade da situação, turbulências raramente causam acidentes (Sergei Kustov)

Turbulências inesperadas são um dos maiores aborrecimentos que um viajante pode enfrentar durante um voo. De um momento para o outro, sem aviso prévio, o avião pode começar a balançar, causando desde incômodos como bebidas derramadas ou até situações mais graves, com passageiros (sem cintos afivelados) lançados de seus assentos.

Para evitar esse tipo de situação e ao menos dar uma chance para os passageiros se preparam para o “chacoalhão” surpresa, a Boeing vai testar um sistema de laser capaz de detectar turbulências repentinas a distância.

“Esperamos poder detectar a turbulência em céu claro mais de 60 segundos à frente da aeronave, ou cerca de 17,5 quilômetros, dando à equipe de pilotos e comissários tempo suficiente para proteger a cabine e minimizar o risco de lesões”, disse Stefan Bieniawski, o principal diretor do programa de testes da Boeing, à revista Wired.

O laser, desenvolvido pela Boeing em parceria com a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão, funciona projetando uma “linha estável à frente da aeronave”, explicou Bieniawski.

O equipamento e seu software são projetados para analisar os movimentos das partículas no ar à frente da aeronave, que serão refletidas pelo laser. Quaisquer mudanças significativas que o sistema detectar alertarão a tripulação de que há turbulência pelo caminho, dando-lhes o tempo que precisam para avisar os passageiros ou desviar a aeronave, se necessário.

O laser de detecção de turbulência é um dos 30 novos sistemas programados para serem analisados nos próximos meses com a aeronave de testes que a empresa chama de ecoDemonstrador, um jato 777 “emprestado” pela companhia de carga FedEx.

Turbulência em céu claro

Diferentemente de turbulências convencionais, que podem ser detectadas pelo radar da aeronave, a turbulência inesperada, chamada na aviação pelo termo CAT (de Clear Air Turbulence – Turbulência em Céu Claro), atinge o avião de surpresa.

A CAT é um fenômeno que ocorre em céus limpos e supostamente calmos, sem dar nenhum indício visual, seja a olho nu pela tripulação ou pelos equipamentos de navegação do avião. Esse efeito acontece a partir do choque de diversas massas de ar que se movimentam em diferentes velocidades.

Atualmente, a única forma que os pilotos tem para evitar essas situações são por meio de registros de outras aeronaves, que enfrentaram a situação inesperada pelo caminho à frente, ou transmitidos pelo controle aéreo.

Esse é o tipo de situação na aviação comercial que envia passageiros e membros da tripulação para o hospital, como foi o caso recente de um voo da companhia Aeroflot, da Rússia, entre Moscou e Bangkok, que deixou 27 pessoas feridas após ser pego de surpresa por uma CAT.

Veja mais: Aviões vão receber dados sobre turbulência via satélite

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