A Bombardier Defense e a General Dynamics Mission Systems-Canada anunciaram na quinta-feira (18) a formação da “Equipe de Aeronaves Multimissão do Canadá”. O objetivo das duas empresas é fornecer uma nova aeronave de patrulha marítima à força aérea canadense para substituir os antigos Lockheed CP-140 Aurora, a versão local do P-3 Orion. A solução apresentada pelas companhias é baseada no jato executivo Global 6500 da Bombardier.
Com essa proposta, as empresas canadenses entram na disputa contra a Boeing, que oferece ao Canadá o P-8 Poseidon (baseado no jato comercial 737-800 NG). A aeronave requerida pela força aérea canadense deve conter recursos de guerra antissubmarino, inteligência aérea, vigilância, reconhecimento, além da capacidade de ataque contra embarcações. A nova versão militar do Global 6500 ainda não tem um nome definido.
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Além da intenção de fornecer a nova aeronave de defesa marítima, a Bombardier Defense e a General Dynamics Mission Systems-Canada estão se unindo para solicitar ao governo canadense um processo de aquisição competitivo, justo e transparente. Essa parte da proposta é um recado direto a Ottawa, que considerou a compra do P-8 da Boeing sem um processo de licitação – e que motivou a publicação de uma carta de protesto do CEO da Bombardier, Eric Martel.
“Essa colaboração entre a Bombardier Defense e a General Dynamics Mission Systems-Canada trará benefícios significativos para o ecossistema aeroespacial do Canadá. Além de criar empregos de alta qualidade, essa parceria oferecerá inúmeras oportunidades para pequenas e médias empresas, instituições de ensino e comunidades científicas em todo o país”, diz o comunicado conjunto das companhias canadenses, acrescentando que a plataforma baseada no Global 6500 é uma “aquisição competitiva” e com “custos operacionais mais baixos”.
A revelação de mais informações sobre a Equipe de Aeronaves Multimissão do Canadá está prevista para ocorrer durante uma coletiva de imprensa no dia 31 de maio de 2023, na CANSEC, em Ottawa.
