Caças Chengdu J-10CE para a Força Aérea da Colômbia

O caça Chengdu J-10CE é a aeronave de combate do momento e a China está aproveitando a fama obtida no recente embate entre as forças aéreas do Paquistão e da Índia, para promovê-lo.

Em um recente encontro entre o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e o presidente da China, Xi Jinping, ocorrido em Pequim, o caça J-10CE foi pauta da conversa entre os líderes dos dois países.

No encontro, numa manobra ousada da China, noticiada por vários meios no país vizinho, o J-10CE foi oferecido para o governo da Colômbia, que há pouco oficializou a escolha do caça Saab Gripen para sua força aérea.

A ousadia da proposta é que a Colômbia está na esfera de interesse geoestratégico dos Estados Unidos, sendo um país tradicionalmente muito próximo do governo americano.

Além disso, a Colômbia também tem ligações com Israel, da qual ainda dispõe de 22 caças IAI Kfir em sua força aérea, mas em processo de desativação.

Em uma situação complicada, a Colômbia precisa substituir os 22 Kfir urgentemente e pelo menos 12 unidades do Gripen estariam em negociação com a Suécia.

Dois esquadrões de J-10

Todavia, a China teria ofertado o J-10CE para equipar dois esquadrões da Força Aérea Colombiana, sendo 24 unidades em negociação, com oferta de condições de financiamento flexíveis.

Sendo considerado um caça de 4,5ª geração, o Chengdu J-10CE é comparável ao Saab Gripen, o caça que atualmente interessa ao governo colombiano.

Outro concorrente, que não está no páreo, é o Lockheed Martin F-16 Fighting Falcon, todavia, implicações políticas estão atrapalhando as vendas do avião para alguns países.

Para a Colômbia, a oferta do J-10CE é tentadora pelas facilidades burocráticas e financeiras, mas representaria um desafio enorme em termos operacionais e de doutrina.

A China não é um fornecedor tradicional e, da mesma forma, o emprego do avião da Chengdu traz implicações negativas junto ao governo americano, financiador de programas colombianos de combate ao narcotráfico.