Caças F-5M da FAB precisarão de reparo em sistema de oxigênio para pilotos

Jato supersônico está sem suporte para manter o concentrador de oxigênio do sistema desde 2020. Aeronáutica busca nova empresa para não tornar frota indisponível no futuro
Acionamento do F-5 para decolar exige quase 40 procedimentos (Divulgação)

A Força Aérea Brasileira (FAB) enfrenta uma situação um tanto complicada para manter os caças F-5M Tiger II ativos. A aeronave produzida pela Northrop (hoje associada à Grumman) foi modificada tempos atrás para receber novos equipamentos e sistemas, incluindo o OBOGS (On-Board Oxygen Generating System), que gera o oxigênio necessário para o suporte à vida do piloto em voo.

No entanto, segundo documento da Aeronáutica, uma parte do sistema, que envolve o concentrador de oxigênio, precisa de reparos para que a frota de caças não fique indisponível no futuro.

O problema é que o fornecedor do equipamento, a empresa Cobham Mission Systemas Davenport, que passou a fazer sua manuntenção em 2016, não responde mais aos chamados da FAB desde o início de 2020.

A situação, pelo que é descrita pela Força Aérea, é bastante preocupante já que o F-5M brasileiro possui um sistema único de geração de oxigênio a bordo do cockpit.

O sistema OBOGS serve para suprir oxigênio para o piloto e também para o funcionamento do sistema Anti-G (Air Liquide)

Outras aeronaves militares de outras forças aéreas do mundo possuem sistema similar ao usado na aeronave F5-M da FAB, porém não são os mesmos utilizados nela“, explica texto que serve de base para a busca de um novo fornecedor.

A FAB pretende contratar outra empresa capaz de realizar o reparo e substituição de peças do equipamento. Para isso, deverá desembolsar R$ 1,42 milhão para recuperar 10 concentradores de oxigênio.

Sistema usado no F-5M é único no mundo (FAB)

Sistema crítico para a aeronave

O prazo para que o serviço seja concluído é de 450 dias, cerca de 15 meses. A FAB ainda ressalta que o trabalho terá de ser feito de uma única vez já que o “parcelamento pode resultar na indisponibilidade da frota de aeronaves F5-M, pela falta de um item que é crítico para essa aeronave, que é o sistema de oxigênio para o piloto“.

Pela descrição da licitação, não há muita referência para executar o serviço. Os valores sugeridos foram obtidos no orçamento fornecido pela Embraer, que fez o serviço de modernização dos caças.

Ainda segundo a Força Aérea, a execução do serviço “irá completar mais um ciclo de operação anual da frota de aeronaves F5-M da FAB, garantindo a disponibilidade da frota“.

AIRWAY enviou questionamento para a Força Aérea a respeito da urgência em recuperar o equipamento de suporte à vida do piloto e atualizará essa nota caso obtenha uma resposta.

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6 comments
  1. Cada situação, com calma encontrarão uma Saida, os Gripen não estão homologados para as missões de defesa e interceptação imagine todos os F5 no chão esperando o reparo, vamos torcer pra não aparecer nenhuma emergencia

  2. Operacao conta gotas . Agora começa a novela pela chegada dos Grippen 05 e 06 . Que agonia !!!! Ago

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