O que eram rumores se transformaram em certeza nesta quinta-feira, 9, quando o CEO da Iberia confirmou que a empresa aérea espanhola será a cliente lançadora do A321XLR, o jato de fuselagem estreita com a maior autonomia da história.
O Grupo IAG, dono da Iberia, British Airways e outras transportadoras, anunciou uma encomenda de 14 aeronaves em 2019 e pretendia repassar as primeiras à Aer Lingus, da Irlanda.
Mas discussões salarias motivaram o IAG a substituir a companhia aérea irlandesa pela Iberia como cliente lançadora da aeronave.
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Na quinta-feira, Marco Sansavini, novo CEO da transportadora espanhola, afirmou durante o Fórum Internacional de Expansão, em Madri, que os primeiros A321XLR estrearão com a Iberia a partir do final do ano.
O destino será uma cidade dos Estados Unidos, mas ainda não está definido se a rota a partir de Madri será para Washington ou Boston.
Sansavini afirmou que o A321XLR “vai nos permitir transformar o modelo de negócio”, atendendo destinos até então “inacessíveis” na costa leste dos Estados Unidos e Canadá.
“[O A321XLR] tem uma combinação de tamanho e eficiência que permitem chegar a alguns destinos que não seriam acessíveis sem ele”, afirmou o CEO da Iberia, segundo a mídia local.
FAA continua a pedir explicações sobre a aeronave
A Airbus está na reta final de testes para certificação de tipo pela EASA, a agência de aviação civil da Europa. Mas sua contrapartida nos Estados Unidos, a FAA, continua reticente quanto à segurança contra incêndio do tanque extra de combustível central localizado na popa do jato.
É o compartimento que dá ao A321XLR algumas centenas de quilômetros a mais de voo. A autoridade dos EUA, no entanto, quer se certificar como a fabricante pretende permitir uma evacuação segura em caso do tanque ser exposto à um incêndio.
O A321XLR será capaz de voar distâncias de até 4.700 milhas náuticas (8.700 km) com 240 passageiros a bordo. Tal desempenho é suficiente para substituir widebodies em várias rotas transoceânicas.
Além dos EUA, a Iberia planeja lançar rotas para o Nordeste do Brasil, como Salvador e Natal, segundo a imprensa espanhola.
Voltando ao início das operações com os jatos de fuselagem estreita como os Convair 880 e 990, os Douglas DC-8 e, o mais significativo, o Boeing 707. Naquela época creio que o conforto a bordo era melhor mas, hoje, a distância entre os assentos são bem menores e, como alguns dizem verdadeiras “latas de sardinhas”.