China vai gastar US$ 1 trilhão com aviões em 20 anos, afirma Boeing

Fabricante aumenta previsão de vendas no mercado chinês para 6.810 aeronaves

A maior parte da demanda chinesa é por jatos narrowbody, como o 737 (Boeing Dreamscape)
A maior parte da demanda chinesa é por jatos narrowbody, como o 737 (Boeing Dreamscape)
A maior parte da demanda chinesa é por jatos narrowbody, como o 737 (Boeing Dreamscape)
A maior parte da demanda chinesa é por jatos narrowbody, como o 737 (Boeing Dreamscape)

A China precisa de aviões, muitos aviões! A Boeing divulgou nesta terça-feira (13) suas previsões para o mercado chinês e projetou uma demanda de 6.810 novas aeronaves comerciais nos próximos 20 anos avaliadas em US$ 1,025 trilhões. A nova estimativa da empresa para a região é 7,6% (6.330 aeronaves) maior que a apresentada em 2015.

“A China está passando uma transição em sua economia, baseada no consumo, e a aviação vai desempenhar um papel fundamental no seu desenvolvimento”, disse Randy Tinseth, vice-presidente de marketing da Boeing Commercial Airplanes. “Como viagens e transportes são serviços essenciais, esperamos ver o tráfego de passageiros crescer 6,4% ao ano na China nos próximos 20 anos”, completou.

De acordo com a fabricante norte-americana, 75% dessa demanda trilhonária, ou 5.110 aviões, na China é por aeronaves de corredor único (também chamados narrowbody), como é o caso do Boeing 737. Já a frota de jatos de fuselagem larga (widebody), como os modelos 777 e 787, vai triplicar no mercado chinês, exigindo 1.560 novos aparelhos até 2036.

A China detém atualmente cerca de 18% da frota mundial de aeronaves de corredor único (incluindo os jatos da família Airbus A320) e 5% dos jatos da categoria widebody.

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“A expansão contínua da classe média na China, juntamente com novas políticas de vistos e uma ampla gama de aviões de fuselagem larga com novas tecnologias, capacidades e eficiências, nos dá todas as razões para esperar um futuro muito brilhante para o mercado de longo curso da China”, disse Tinseth.

A Boeing também encontrou demanda no segmento de cargas na China, com a necessidade de 180 novas aeronaves cargueiras e 410 cargueiros convertidos.

Apesar de não produzir esse tipo de aeronave, a Boeing também fez uma previsão de vendas para o mercado chinês sobre jatos regionais, com uma demanda para 140 aeronaves avaliadas em US$ 10 bilhões. Fica a dica para a Embraer, que atende esse segmento com os E-Jets, ou a concorrente Bombardier, com o CSeries.

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