Embraer é derrotada novamente pelo Airbus A220, agora na Europa

Companhia aérea Croatia Airlines afirmou que substituirá seus A319, A320 e Dash 8 pelo rival do Embraer E2

A319 da Croatia Airlines, que será substituído pelo A220 (Alan Grubelic/Croatia Airlines)

A Embraer sofreu mais uma derrota para a Airbus numa concorrência de jatos comerciais, desta vez na Europa.A Croatia Airlines, pequena companhia do país dos Balcãs, anunciou nesta terça-feira, 4, que irá renovar sua frota de aeronaves com o A220, rival direto da família E2.

Segundo a empresa aérea, o jato da Airbus será o único tipo de avião em sua frota a partir de 2026. Atualmente, a Croatia possui cinco A319, um A320 e seis turboélices Dash 8, todos com idade elevada.

Os detalhes do futuro acordo não foram antecipados, mas devem envolver a conversão de quatro A320neo pendentes de entrega e que foram encomendados em 2015 – a Airbus não havia se manifestado até a publicação do artigo.

Fundada em 1989, a Croatia Airlines já operou aeronaves de vários tipos como o 737, MD-80, ATR, CRJ e BAe 146. Há algum tempo, a empresa passou a negociar com Airbus, Embraer e também a Boeing.

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Airbus A220 (Airbus)

Tanto a fabricante europeia como a empresa brasileira enviaram o A220 e o E195-E2 para uma visita ao país em 2021 a fim de demonstrar na prática suas propostas.

Oferta irrecusável

A escolha da Airbus é mais uma frustração para a fabricante brasileira que em setembro havia externado seu otimismo quando à escolha da família E2.

Segundo relatos da mídia local, a Embraer teria feito à Croatia Airlines uma oferta irrecusável que incluía até uma compensação financeira pela perda do depósito de 10 milhões de euros para reserver os A320neo e que não seria reembolsável.

A Embraer oferecia o E190-E2 e estava esperançosa de vencer disputa (Embraer)

Diante da fila de espera pelo A220, a Embraer também acenava com entregas a partir de 18 meses além de uma economia operacional maior que sua rival.

A nova derrota para a Airbus reforça o temor que a gigante europeia tem sido extremamente agressiva em suas propostas, dificultando o trabalho da Embraer. O programa A220 é bastante deficitário a ponto de o equilíbrio financeiro só ser esperado para meados da década.

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