A Emirates Airline decidiu não esperar pela entrega de novos aviões para manter e expandir sua malha de voos e vai investir cerca de US$ 5 bilhões na reforma de 220 de suas aeronaves, ou seja, a maioria delas.
“Não temos escolha”, disse Tim Clark, presidente da companhia aérea do Emirados Árabes Unidos (EAU) na quarta-feira. “Esta é a única maneira de sustentar a rede, de fazer a rede crescer.”
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Com centenas de pedidos atrasados de widebodies como o Airbus A350 e os Boeing 787 e 777X, Clark afirmou que a transportadora sempre buscou estar na vanguarda em relação às aeronaves mas que os problemas na cadeia de suprimentos a fizeram buscar alternativas.

“As equipes de engenharia estão trabalhando em ritmo acelerado para fazer com que essas aeronaves sejam entregues o mais rápido possível. Agora temos a maioria das peças de que precisamos para fazer isso”, disse o britânico.
A Emirates Airlines tem atualmente 260 jatos comerciais, sendo três A350-900, 140 777 (10 deles cargueiros) e 116 A380.
O gigante de dois andares da Airbus é um exemplo do caminho adotado pela empresa aérea.

Após a Airbus encerrar a produção do A380, a própria Emirates decidiu mantê-los por mais tempo em serviço, investindo numa cadeia de fornecedores para que voem até meados pelo menos 2041.
Perguntado sobre os planos da Boeing para certificar o 777-9 até o final do ano e iniciar entregas em outubro para a Lufthansa, Clark voltou a se mostrar cético.
Para ele, não está claro quando a fabricante dos EUA conseguirá cumprir os requisitos de aumento de produção. A Emirates é a maior cliente da família 777X.