Fogo no helicóptero de Dilma não representa perigo
Labareda no escapamento é comum na partida de helicópteros com turbinas, informa a FAB


O helicóptero da presidente Dilma Rousseff soltou fogo antes de decolar na noite dessa quinta-feira (24), no Palácio da Alvorada. A labareda, como informou a Força Aérea Brasileira (FAB), está longe de ser um perigo. “É comum isso acontecer durante a partida de helicópteros com turbinas. Ao esquentar, eles queimam resíduos de combustível do último voo. O fogo não é na aeronave, mas sim fora dela, saindo pelos escapamentos”, informou o porta-voz da FAB.
Após o fogo dispersar, o helicóptero, um modelo H 34 Super Puma de transporte executivo, decolou normalmente e realizou seu voo até a base aérea de Brasília (DF) sem problemas, de onde a parlamentar em seguida partiu para Nova York.
Segundo a Helibras, fabricante nacional que produz o Super Puma sob licença, o fenômeno visto no helicóptero presidencial “é mais visível em operação noturna e pode ocorrer durente um procedimento de partida em clima quente, principalmente ao realizar a partida logo após o corte do motor (desligar o helicóptero e logo na sequência religar)”.
Ainda de acordo com a fabricante, se o helicóptero decolou é por que, nesta ocasião, não ocorreu nenhuma ultrapassagem dos parâmetros do motor e também nenhum dano à aeronave. Após esse tipo de situação o aparelho passa por uma inspeção preventiva.
O Super Puma, um projeto da Eurocopter, é uma helicóptero de grande capacidade e pode ser adaptado para diferentes funções, como o transporte de tropas ou executivo. Na versão de combate pode carregar até 25 soldados, ao passo que o modelo com cabine executiva leva até 10 ocupantes.
O aparelho é impulsionado por duas turbinas, cada uma com mais de 1.800 hp, e tem alta performance: pode alcançar a velocidade máxima de 327 km/h e tem alcance de 850 km.