Conheça as companhias aéreas do Brasil que não são famosas
Empresas de menor porte operam com aeronaves onde os jatos das grandes empresas não conseguem pousar


O mercado de aviação comercial brasileiro vai muito além do quarteto que atualmente domina as operações no país. Tam, Gol, Azul e Avianca não são únicas companhias que prestam seus serviços no Brasil. Onde os aviões dessas empresas não podem pousar por limitações técnicas ou em regiões que não têm demanda suficiente para enchê-los, também existem pessoas que querem voar. É nesse mercado que atuam as companhias regionais.
Tão importantes quanto as grandes empresas do setor, as companhias de pequeno porte ligam grandes centros aos rincões do Brasil, onde os aeroportos não tem pistas ou infra-estrutura o suficiente para receber aeronaves com motores a jato. Mas aviões pequenos são bem-vindos.
Com pouca capacidade de passageiros, mas o suficiente para cobrir a demanda local, os aviões usados por essas empresas, todas com motores a hélice, também podem decolar e pousar em pistas curtas. A experiência, porém, é diferente: algumas aeronaves têm cabines apertadas, são lentas e podem balançar mais que os jatos. Mas o importante é seguir do ponto para o B.
Conheça as companhias aéreas regionais do Brasil, as “coadjuvantes” do mercado:
Piquiatuba Transportes Aéreos
Fundada em 2005, a Piquiatuba Transportes Aéreos fica baseada no aeroporto de Santarém (PA) e atua somente nas regiões Norte e Nordeste, em cidades pequenas. Os principais mercados da empresa são municípios nos estados do Pará, Maranhão, Tocantins e Amapá.

A frota da empresa é composta atualmente por cinco Cessna 208 Caravan, com capacidade para oito passageiros, e outros dois Embraer EMB-120 Brasília, para 30 ocupantes. No site da Piquiatuba é possível comprar bilhetes para o voo Altamira-Belém, uma das principais rotas da companhia, por R$ 100. Já viagens mais curtas tem preços a partir de R$ 89.
Asta Linhas Aéreas
Quem planeja viajar pelos rincões do Mato Grosso tem três opções: cavalo, carro ou avião. Para quem planeja ir voando para cidades como Juruena, Água Boa ou São Felix do Araguaia, a única opção é a companhia Asta Linhas Aéreas, que opera com nove aeronaves turbo-hélice Cessna 208 Grand Caravan com capacidade para nove passageiros.

O grupo Asta foi fundado em 1995 e atuava no mercado de voos fretados e transportes de cargas. As operações com voos comerciais regulares começaram em 2009. O ponto de partida da maioria dos voos da empresa é o aeroporto internacional de Cuiabá, onde também fica sua base e centro técnico. As passagens da empresa custam em média de R$ 200 a R$ 300.
MAP Linhas Aéreas
Rotas aéreas pela Floresta Amazônica que nas décadas de 1940 e 1950 eram realizadas por hidroaviões da Panair do Brasil, pousando em rios, hoje são realizadas pelos aviões da MAP. A companhia opera a partir do aeroporto internacional de Manaus (AM) e cobre uma série de cidades pelo estado e também destinos no Pará e Rondônia.

A frota da MAP é composta por duas aeronaves ATR 42-200, com 46 assentos, e mais três ATR 72-200. São aeronaves que já perteceram aos quadros da companhias Azul e Trip, que atualmente operam versões mais modernas dessas aeronaves, com motores turbo-hélice.
Uma passagem da MAP ida e volta entre Manaus e Altamira, comprada com um mês de antecedência, é cotada em cerca R$ 765.
SETE Linhas Aéreas
Apesar de desconhecida nos grandes do Brasil, a Sete Linhas Aéreas é uma companhia querida no setor. A empresa foi fundada em 1978 pelo comandante Rolim Amaro, grande entusiasta da aviação nacional e fundador da Tam, e começou suas atividades primeiramente como táxi-aéreo com pequenos aviões monomotores. A operação de voos regulares foi lançada em 1998.

A base da empresa é o aeroporto de Goiânia (GO), de onde partem voos para cidades de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Pará, Amapá, Maranhão e Distrito Federal. A empresa possui três modelos bi-motor EMB-120 Brasília, para 30 passageiros, e mais cinco Cessna C 208B Grand Caravan, com capacidade para nove ocupantes. os voos da Sete custam partir de R$ 75.
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