Força Aérea Argentina avalia o caça JF-17 na China

Delegação do país esteve em Chengdu onde ocorreram testes em simulares e em voo
O caça JF-17 Bloco III (Chengdu)

A Força Aérea Argentina (FAA) parece próxima de fechar a aquisição de caças JF-17 Thunder, a despeito das negativas do governo. Na semana passada, uma comitiva do país visitou as instalações da fabricante CAC (Chengdu Aircraft Corporation), na China, onde realizou voos de testes além de conhecer simuladores e outros aspectos técnicos da aeronave.

A visita foi organizada pela CATIC (China National Aero-Technology Import & Export Corporation), empresa chinesa voltada aos programas de exportação do segmento aeroespacial.

A FAA está em processo de seleção de um novo caça supersônico para a Argentina que desde 2015 não conta aeronaves desse tipo, após a aposentadoria dos Dassault Mirage III.

Embora tenha recebido propostas de vários fabricantes como RAC MiG, Lockheed Martin e HAL, o governo argentino já havia sinalizado a preferência pelo JF-17, um projeto conjunto entre a CAC e a paquistanesa PAC.

Um documento enviado ao congresso argentino em 2021 reservava US$ 664 milhões em verbas do orçamento federal para a compra de 12 caças JF-17, mas quando uma cópia tornou-se pública, ela acabou negada pela Força Aérea, que garantiu que considerava outras propostas.

O JF-17 é um caça monomotor leve, capaz de atingir Mach 1.6 e operar num raio de combate de até 1.352 km. O primeiro protótipo voou pela primeira vez em 2003 e entrou em serviço na Força Aérea do Paquistão em 2007, de longe, sua maior operadora. O jato também voa em Mianmar e recentemente foi entregue à Nigéria.

O favoritismo da aeronave chinesa também pode envolver a aproximação do governo argentino com Pequim, que tem sido um dos principais parceiros comerciais da nação sul-americana.

A FAA operou o Mirage III até 2015 (Chris Lofting)

 

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