Força aérea dos EUA quer bombardeiro não tripulado de longo alcance

Secretário da USAF diz que a corporação está desenvolvendo um conceito de operações para um novo bombardeiro não tripulado de longo alcance; projeto deve começar em 2024
Bombardeiro não tripulado teria que ser mais barato que o B-21 (Northrop Grumman)

Secretário de Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), Frank Kendall revelou na última semana durante o simpósio AFA Warfare, realizado em Orlando, na Flórida, que a corporação está desenvolvendo um conceito de operações para um novo bombardeiro não tripulado de longo alcance.

Em sua palestra, Kendall adiantou que o projeto não é necessariamente uma versão não tripulada do B-21 Raider, bombardeiro stealth projetado pela Northrop Grumman e que prevê uma opção que não precise de pilotos. O primeiro voo do B-21 (na versão tripulada) deve acontecer ainda neste ano, enquanto sua entrada em serviço é prevista para meados de 2027.

O Secretário afirmou que a USAF trabalha neste momento na “definição de conceito” da aeronave, que deverá ter um “alcance comparável” ao do Raider, estimado em cerca de 11.000 km, e ser “operacionalmente valioso e econômico”. Questionado sobre mais detalhes da aeronave, Kendall salientou que o tema é confidencial, embora seja “reconhecido”.

Bombardeiro B-21 deve voar em breve (Divulgação)

Kendall disse ainda que o projeto pode ser iniciado a partir do ano fiscal de 2024 e convidou empresas do setor a apresentar suas ideias, desde que sejam propostas com valores inferiores ao do B-21. O custo unitário do novo bombardeiro da USAF gira em torno de US$ 550 milhões. A USAF planeja adquirir cerca de 120 exemplares da nova aeronave, que substituirá o oneroso B-2 Spirit.

“Adoraria que fosse menos da metade (do preço do B-21). Eu adoraria que fosse um quarto ou um oitavo”, afirmou o Secretário. “Mas metade é o mínimo que devemos atingir neste momento”.

A revelação de Kendall de que a USAF está explorando esse novo conceito de aeronave não tripulada é um desenvolvimento significativo por si só e pode ter impactos importantes sobre o futuro da frota de bombardeiros da USAF, que possui o maior inventário do mundo de vetores desse tipo.

O que será que vem por aí?

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