Fortalezas voadoras no chão: FAA aterra antigos bombardeiros B-17

Aviões octogenários estão impedidos de voar devido um possível problema na junção das asas
Não é o original: B-17G com pintura e pinup imitando o “Memphis Belle”, o B-17 que cumpriu mais missões na Segunda Guerra Mundial (Tony Hisgett via Creative Commons)

Avião projetado na década de 1930, os bombardeiros Boeing B-17 “Fortaleza Voadora” ainda em condições de voo estão proibidos de decolarem. Nesta semana, a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos emitiu uma Diretriz de Aeronavegabilidade (DA) ordenando o aterramento do “warbird” da Segunda Guerra Mundial.

Segundo o FAA, os B-17 podem apresentar problemas nas junções das asas com a fuselagem, o que pode causar rachaduras nos componentes. “Esta DA requer inspeções das juntas terminais da asa à corda da longarina e reparos, se necessário”, diz o documento.

Há um mês, operadores estadunidenses dos bombardeiros, cientes do possível problema estrutural, por precaução aterraram suas aeronaves. A DA afeta cinco exemplares do B-17 nos EUA e um no Reino Unido – esses seis aparelhos são atualmente os únicos do mundo com certificados de aeronavegabilidade válidos.

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A diretriz da FAA foi motivada por conta de problemas encontrados nas longarinas das asas do B-17G “Yankee Lady” após uma inspeção. A aeronave fabricada em julho de 1945 (umas das últimas a ser produzida pela Boeing) é mantida em condições de voo pelo Yankee Air Museum.

B-17 Yankee Lady em pleno voo; avião foi produzido pela Boeing no fim da Segunda Guerra Mundial, mas nunca entrou em combate
B-17 Yankee Lady em pleno voo; avião foi produzido pela Boeing no fim da Segunda Guerra Mundial, mas nunca entrou em combate (Kogo via GFDL)

Em abril de 2021, outro B-17, o “Aluminum Overcast” mantido pela Experimental Aircraft Association, apresentou um problema semelhante nas asas. Até hoje, o avião não voltou a voar.

Com mais de 12.000 unidades construídas, os B-17 foram fundamentais no esforço dos Aliados contra a Alemanha nazista e o Eixo durante a Segunda Guerra Mundial, principalmente nos combates ocorridos na Europa. Após o conflito, diversos exemplares foram exportados para outros países, incluindo para o Brasil – a Força Aérea Brasileira foi o último operador militar do modelo, desativado em 1968.

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