A política de tarifas do governo de Donald Trump está abalando diversos setores da economia mundial e a aviação comercial é um dos mais prejudicados com tudo isso.
No setor, uma das vozes a se levantar contra a atual condução da economia americana é Larry Culp, CEO da GE Aerospace, que se reuniu com o presidente dos Estados Unidos para tratar das tarifas sobre a aviação.
Em entrevista à Reuters, Culp defendeu, junto ao governo americano, a manutenção do acordo de livre tarifa para a aviação comercial, efetivada por meio do Acordo de Aeronaves Civis de 1979.
Segundo o executivo, a posição da empresa era “compreendida” por Trump, tendo Culp enfatizado que a política de tarifa zero foi a responsável principal pelo superavit comercial anual de US$ 75 bilhões.
Culp comentou: “Eu argumentei que isso era bom e seria bom para o país”. Após a pandemia de COVID-19, a aviação comercial vem enfrentando enormes desafios e a guerra comercial dos EUA com a China só agravou a situação.
Com o colapso da integridade da livre tarifa no setor, a aviação passou a ter problemas de previsibilidade e a confiança caiu, com a entrega de aeronaves novas entrando em um mar de incertezas, pela primeira após décadas de isenção de tarifas.
Na própria GE Aerospace, a previsibilidade de alguns clientes caiu por terra, diante das incertezas criadas com a política atual da Casa Branca, porém, Culp ressaltou que nenhum embarque do cliente foi cancelado ou atrasado, evidenciando que ainda há alguma confiança no setor.