Grupo chinês encomenda 300 jatos da COMAC

HNA Group encomendou 200 modelos C919 e mais 100 unidades do jato regional ARJ21

O jato chinês COMAC C919 voou pela primeira vez em maio de 2017 (Xinhua)
O jato chinês COMAC C919 voou pela primeira vez em maio de 2017 (Xinhua)
O jato chinês COMAC C919 voou pela primeira vez em maio de 2017 (Xinhua)
A COMAC já soma mais de 1.000 pedidos pelo jato C919 (Xinhua)

O HNA Group da China, um dos maiores conglomerados do mundo e hoje dono de 23,7% das ações da companhia Azul, anunciou a encomenda de 300 aeronaves da fabricante chinesa COMAC. O pedido inclui 200 jatos C919 e mais 100 modelos regionais ARJ21 para compor a frota das mais de 20 empresas aéreas sob o chapéu do grupo chinês.

As duas partes assinaram o que chamam de “acordo de cooperação estratégica”. As empresas chinesas, no entanto, não divulgaram se o acordo representa uma encomenda firme ou uma combinação de pedidos e opções de compra. Os valores da negociação não foram divulgados.

O HNA disse que os jatos encomendados serão implantados em suas operadoras chinesas e em uma de suas afiliadas em Gana, a Africa World Airlines.

O grupo chinês ainda afirmou que a aquisição das aeronaves está de acordo com as políticas “One Belt, One Road” e “Made in China 2015”, que planejam transformar a China em um potência industrial e tecnologica na próxima década em diversas áreas, sobre tudo na aviação.

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Apesar de ainda enfrentarem forte resistência de críticos no Ocidente, os aviões da COMAC já vêm acumulando enormes volumes de pedidos de empresas asiáticas.

O jato C919, aeronave que rivaliza com os tradicionais Airbus A320 e Boeing 737, já conta com mais de 1.000 unidades encomendadas, a grande maioria por empresas chinesas. A COMAC vem testando a aeronave desde maio de 2016 e espera entregar os primeiros exemplares a partir de 2020.

O primeiro voo do ARJ21 foi realizado no dia 28 de novembro de 2008 (Divulgação)
O ARJ21 é o primeiro avião a jato comercial desenvolvido na China (Divulgação)

O ARJ21, em desenvolvimento há mais de uma década, já realiza voos comerciais na China, mas ainda com uma série de restrições. Apesar disso, a fabricante chinesa tem mais de 300 pedidos pelo jato regional.

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